Jornalista questiona postura de profissionais da mídia esportiva sobre possível alvo do Flamengo e aponta interesse de engajamento nas perguntas após a partida festiva
Mauro Cezar criticou a série de perguntas feitas por jornalistas a Claudinho após o ‘Jogo das Estrelas’. Também jornalista, Mauro apontou que as perguntas tinham respostas óbvias e visavam o engajamento ao relacionar o jogador com o Flamengo.
Na noite desta quarta-feira (27), foi disputado o Jogo das Estrelas 2023, no Maracanã, com mais de 50 mil pessoas presentes no estádio. A 19ª edição do evento beneficente, comandado pelo ex-jogador Zico, contou com, além do anfitrião, inúmeros ex-futebolistas, atletas em atividade e amigos do ídolo eterno do Flamengo.
Após o jogo, que terminou 10 a 4 para o time de Zico – que jogou de vermelho e o adversário de branco -, Mauro Cezar analisou os questionamentos de alguns jornalistas a Claudinho, sobre possível interesse do Flamengo no jogador.
Atitude ‘constrangedora’
Segundo o colunista do UOL Esporte, alguns profissionais da imprensa presentes se dirigiram ao meia do Zenit, da Rússia, com perguntas “óbvias”. Além disso, o comunicador salientou que as perguntas feitas são constrangedoras e teriam como objetivo gerar “engajamento” nas mídias sociais.
“’Existe o sonho de jogar no Flamengo?’. ‘Ouviu pedidos da torcida do Flamengo?’. Perguntas desse naipe ao Claudinho após o ‘Jogo das Estrelas’ no Maracanã são constrangedoras”, iniciou o jornalista em publicação no X (antigo Twitter).
“Jornalistas ou não, quem está credenciado e age assim claramente espere respostas óbvias para buscar engajamento. Ou alguém acha que o atleta seria indelicado com o clube que tentou contratá-lo e seus torcedores?”, ponderou o comentarista.
Vale destacar que Claudinho, ex-jogador do Red Bull Bragantino, é um alvo antigo do Flamengo. Dessa forma, teve seu nome associado ao Rubro-Negro no início do ano e os flamenguistas pediram ao jogador que aceitasse vir para o clube da Gávea.
No entanto, o jogador decidiu pela sua permanência da Europa, mesmo que a UEFA tenha proibido as equipes russas de participar de competições organizadas pela entidade, em razão do conflito da Rússia com a Ucrânia.
Mauro Cezar exemplifica questões que não seriam ‘óbvias’
Por fim, Mauro Cezar enfatizou quais tipos de perguntas seriam mais plausíveis, que demonstrariam maior intelecto do emissor, sem constrangimento na sua opinião.
“Seria mais razoável perguntar ao jogador como está a vida dele na Rússia com a continuidade da guerra na Ucrânia”, disse o comentarista, lembrando o conflito entre os dois países fronteiriços.
“Se de alguma maneira o afastamento dos times russos das competições europeias devido ao conflito o desestimula e poderia precipitar uma saída (não necessariamente para o futebol brasileiro), etc. Melancólico”, concluiu o jornalista esportivo.