Ontem (14), a surpreendente derrota do Internacional contra o Mazembe na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa completou 13 anos. Na histórica partida em Abu Dhabi vencida pela equipe da República Democrática do Congo por 2 a 0 em 2010, o revés colorado ficou marcado pela comemoração peculiar do goleiro Kidiaba.
Na edição desta quinta-feira (14) do Donos da Bola RS, na afiliada gaúcha da Band, Farid Germano Filho aproveitou a data para imitar o gesto do ex-arqueiro do Mazembe. Sentado no chão do estúdio, o jornalista identificado com o Grêmio fez a brincadeira em referência ao que os tricolores chamam de Mazembe Day.
Entretanto, os sons emitidos por Farid no momento geraram outras interpretações de alguns torcedores nas redes sociais. Gremistas e colorados acusaram o influenciador de emitir um som de macaco no final da imitação.
“Botaram fogo na casa da mulher lá por racismo. Ela teve que SUMIR no mundão. Somos tachados como racistas desde esse dia. Ai vem um verme e repete a dose! Mas o homem Farid nem o emprego vai perder. Vai continuar lucrando em cima do Grêmio e sendo aplaudido”, disparou o torcedor do Grêmio, Haron Alves, na rede social X.
O internauta fez menção ao episódio da eliminação do Grêmio da Copa do Brasil de 2014, quando o goleiro Aranha, do Santos, recebeu insultos racistas das arquibancadas na Arena. Citada por Haron Alves, a torcedora Patrícia Moreira foi flagrada pelas câmeras que transmitiam a partida gritando a palavra “macaco”, durante a paralisação do jogo.
“Se alguém, ou ele mesmo, achar uma justificativa convincente, um video de pessoas no Congo ou o Kidiaba fazendo esse som nesse contexto, eu retiro imediatamente o que eu disse. Mas ele estava provocando e, na provocação, fez som semelhante ao som de um macaco. Isso é muito grave”, continuou Haron Alves.
“Cabe processo”, postou internauta sobre gesto de Farid
Outros perfis no antigo Twitter condenaram a zoeira de Farid Germano Filho. “É isso mesmo? Ele tá imitando o Kidiaba, com som de macaco? Cabe processo por racismo!”, opinou a colorada Ana Saturnina. “Vai cair no esquecimento como mais um caso isolado. Tem que punir o veículo que dá palco para ele. Essa de dar espaço porque tem relevância nas redes sociais já chegou ao limite”, publicou Leo Ribeiro.
Já Jêison Manique viu a cena de uma outra forma. “Acho que ele só tava gemendo. Mas não vou nem dizer que a cena constrange porque tudo que ele faz é constrangedor, só ver pela reação dos colegas dele”, publicou.