O desastre que está atingindo o bairro de Mutange, entre outros de Maceió, já afetou o dia a dia e o extracampo de um dos clubes mais tradicionais da cidade: o CSA.
Segundo informações do Peleja, a tragédia fez o Azulino abandonar a área do CT Gustavo Paiva, em 2020, por conta da exploração desenfreada do sal-gema, principal matéria prima do PVC, pela empresa Braskem. Além do Centro Treinamento, 14 mil imóveis tiveram que ser deixados de lado. Em número de pessoas, cerca de 60 mil, estão desalojadas.
No caso do CSA, o clube recebeu uma indenização da Braskem na ordem de R$ 31,8 milhões.
CSA pede solidariedade e união em Maceió
Maceió completou, no último dia 5 de dezembro, 208 anos de fundação, em meio ao caos. Para aproveitar a data, o CSA fez uma postagem solidária.
“A história do CSA se confunde com a sua principal sede durante décadas, o Mutange. Dos jogos, dos treinos, da inesquecível Verde, da linda Lagoa Mundaú. Nossa cidade é vítima da maior tragédia ambiental e social do Brasil, atingindo 5 bairros de Maceió. Tragédia essa que afeta milhares de vidas. Famílias que deixaram para trás suas histórias, rotinas, amigos e lembranças. E afetou nossa casa, que afunda, mas sobrevive em nossas mentes.”, exalta a publicação do Instagram oficial da agremiação alagoana.
“Mas somos fortes, somos alagoanos, somos azulinos. E como o nosso clube, torcemos que nossa cidade saia mais forte desse momento. Afinal, nosso lema é União e Força. Parabéns, Maceió.”, finaliza o texto.
Ver essa foto no Instagram
Braskem e Prefeitura já fizeram acordo bilionário
Em julho de 2023, a Prefeitura da cidade e a indústria química fizeram um acordo para o pagamento de R$ 1,7 bilhão para “indenização, compensação e ressarcimento” dos danos. Além dos recursos destinados pela prefeitura para os moradores afetados, negociações entre a população e a empresa também serão realizadas.