Queda está associada ao Termo de Acordo de Conduta; entidade acredita em golpe praticado por ex-presidentes
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi deposto do seu cargo nesta quinta-feira (07) pelos desembargadores da 21a Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Sem o mandatário, a entidade será administrada temporariamente pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz.
Uma nova eleição será realizada para a escolha de um novo mandatário em um prazo de 30 dias. Segundo os desembargadores, a queda de Ednaldo está associada ao Termo de Acordo de Conduta (TAC) entre a entidade e o Ministério Público. O ato é considerado ilegal, já que pode haver algum tipo de interferência na gestão da Confederação.
Para a CBF, a queda de Ednaldo está associada a um golpe praticado pelos ex-presidentes Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero. A entidade pretende recorrer na Justiça.
Ednaldo na CBF
Em 2018, o Ministério Público do Rio de Janeiro avaliou a Lei Pelé e moveu uma ação contra a CBF, onde questionou a ausência de um peso igualitário entre clubes e federações. Na ocasião, o ex-presidente, Rogério Caboclo estava deixando o cargo após denúncias de assédio sexual.
O vice-presidente, Ednaldo Rodriguees, assumiu como vice-presidente interino e no início de sua gestão buscou o MPRJ para acordar o TAC. Uma nova eleição foi realizada com vitória para o gestor.
A polêmica se estendeu para os cartolas que trabalhavam na administração de Caboclo. Eles não teriam sido consultados sobre a movimentação de Ednaldo Rodrigues nos bastidores CBF. O grupo foi deposto no início da atual gestão.