Cicinho culpa CBF e recorda “invasão” da Rede Globo na seleção brasileira: “Não deram liberdade”
Ex-jogador apontou que a entidade teve participação em fracasso do time nacional na Copa de 2006
Presente em um dos grupos mais badalados da seleção brasileira, Cicinho recordou a preparação envolvendo o Mundial da Alemanha. Como o Brasil não se blindou nos treinos, o atual comentarista da CBF culpou a CBF pelo fracasso em 2006. Isso porque os trabalhos comandados por Parreira contaram com um grande público, algo que atrapalhou o foco dos atletas.
Além disso, Cicinho deixou claro que Ronaldo não estava gordo. Mesmo com o Fenômeno acima do peso, o ex-jogador fez questão de lembrar a qualidade de um dos melhores centroavantes da história.
“Nós, atletas, tivemos nossa contribuição nesse fracasso. A comissão técnica também. Mas, se tivesse que depositar algo, teria que ser depositado na conta da CBF. Não nos deram uma condição de preparação. Eles montavam um treinamento e tinha 35, 40 mil pessoas para assistir um treinamento. A torcida começava a vaiar porque a gente começava a fazer trabalho físico.”, disse ao Charla Podcast.
“Começaram a inventar que o Ronaldo estava gordo. Ele podia estar com 200kg que chamava atenção e jogava pra caramba. Não tinha ninguém gordo ali.”, completou.
“Invasão” da Globo nos bastidores da seleção brasileira
Na sequência, Cicinho recordou o tratamento midiático envolvendo a Rede Globo. Além de participações nos programas da emissora, os jogadores sequer tinham liberdade para atividades de lazer, já que eram constantemente monitorados.
“Não houve essa blindagem. Eu estava vivendo férias. Em momento algum nos deixaram viver um clima de Copa do Mundo. Era muita euforia. A gente acordava e tinha a Globo para fazer a Ana Maria Braga, tinha que entrar no Jornal Hoje depois no Jornal Nacional… a Globo tava dentro do lugar, dentro do hotel. Se a gente fosse pescar, tinha uma câmera para filmar a gente pescando. Não tinha uma blindagem para o Parreira trabalhar. Nosso treinamento era chute a gol e coletivo.”, contou.