Caio Ribeiro faz revelação sobre polêmica em saída de Romário do Flamengo

O comentarista Caio Ribeiro fez uma revelação sobre o episódio que culminou na saída de Romário do Flamengo em 1999.

O episódio, que ficou conhecido por conta da fuga do Baixinho da concentração, teve bastidores que não haviam sido revelados.

No Charla Podcast, Caio disse que o afastamento teve vazamento em capa de jornal e chegou até mesmo em agressão a um supervisor do clube por parte de um torcedor.

“Vivi um bastidor bastante complicado no Flamengo, posso falar porque é público. A gente joga contra o Inter, pela Copa do Brasil, em Porto Alegre, e vai para Caxias do Sul. Quando fomos treinar, o Gilmar Rinaldi, que era o supervisor na época, chega, reúne todo mundo e fala que teve gente que fugiu da concentração, que não admitia, pede para contarem quem foi e que lá tinha comando e disciplina, que não permitiria aquilo. Eu não sabia. O Romário vira e fala: ‘porra, muito papinho, vamos treinar, depois resolve isso'”, lembrou Caio.

“A gente treina, chega na concentração, e a capa do jornal é o Romário com a Miss Uva, da Festa da Uva. Eu falei: ‘putz, foi o Romário.’ Ele era nosso ídolo, o craque do time. Aí toca o telefone do meu quarto, depois do almoço, e era o Romário, falando que já estava no Rio de Janeiro, que foi afastado, e gostaria que eu contasse o que aconteceu depois ele saiu. Mas não teve nada. Teve o Gilmar os caras falando que o Romário abandonou a concentração, que eles não iriam admitir.”

Volta teve agressão de torcedor por afastamento de Romário

“Quando a gente volta, era a volta contra o Inter, e a torcida estava lá com uma cruz, Jesus de ponta cabeça, mas não foi uma decisão dos jogadores, foi da diretoria. A gente cai fora da Copa do Brasil. Aí vai treinar na gávea, uma confusão do caramba. Eu estava o vestiário, não é a estrutura que tem hoje em dia, eu vi um cara estranho entrando no vestiário. Hora que eu virei, vi que era um dos grandes da organizada do Flamengo. Ele vai na direção de um supervisor e dá um tapa na cara dele. Hora que ele dá, o Clemer vai e segura, eu seguro, falei que ele estava louco. Ele disse que ninguém tinha direito de tirar o Romário. Essa semana foi um inferno”, disse Caio, que lembrou que o Flamengo ainda disputaria a final da Mercosul contra o Palmeiras.

“Foi muito próximo da final da Mercosul contra o Palmeiras, que não temos mais o Romário. Tínhamos o Palmeiras do Felipão, Asprilla, Zinho, Alex, campeão da Libertadores. A torcida estava brava com a diretoria, mas chegava até nós.”

Caio brilhou na final da Mercosul de 1999, que teve o Flamengo campeão. No jogo de ida, no Maracanã, ele marcou dois gols na vitória por 4 a 3. Na volta, no Palestra Itália, Caio marca um no empate por 3 a 3.