Em 29 de novembro de 2019, o mundo e o futebol brasileiro entraram em choque ao ter conhecimento sobre o trágico acidente sofrido pela aeronave que transportava os jogadores da Chapecoense, diretoria e jornalistas para a final da Sul-Americana, na Colômbia.
Um dos seis sobreviventes da queda, o ex-zagueiro Neto se tornou um símbolo de luta pela justiça do acidente que vitimou 71 pessoas.
Neto relembra acidente da Chapecoense
Hélio Hermito Zampier Neto, ou simplesmente Neto, fez da sua vida pós-acidente uma uma missão em busca de justiça e preservação da memória das vítimas.
O ex-zagueiro foi o último a ser resgatado dos destroços e ficou mais de duas semanas internado na Colômbia.
Só após dois anos de tratamento é que Neto começou a treinar com bola, mas acabou anunciando sua aposentadoria aos 34 anos, em 2019.
Além de Neto, o ex-goleiro Jakson Follmann e o lateral Alan Ruschel, esse último atualmente no Juventude, foram os atletas sobreviventes. Assim como dois tripulantes da companhia LaMia e o narrador Rafael Henzel, este último faleceu em março de 2019 após um infarto.
Em entrevista ao Globo Esporte, o ex-zagueiro relembrou: “Fizemos uma história com muita humildade, sem pisar em ninguém, com esforço e dedicação de todos, com o intuito de querer vencer. A gente foi descobrindo muitos erros em tudo que aconteceu e espera que a justiça seja feita. Quero que as famílias possam ter alívio mediante tanta injustiça. A vida não volta, a dor sempre vai continuar, a saudade daqueles que fizeram história”.
Em busca de justiça para as famílias, Neto participou de um movimento contra a seguradora da companhia aérea. Em entrevista, ele revelou a importância de se posicionar.
“Eu entendi que Deus me deu essa oportunidade e tinha a missão de fazer mais coisas além do futebol, tentei voltar, eu lutei. Sofri uma lesão na coluna, operei o joelho seis vezes, a coluna ainda quebrei um osso, achatei uma vértebra, rompi um ligamento e ainda preciso de uma cirurgia”, afirmou o atleta.