Os últimos anos do Palmeiras, mais precisamente desde 2014, vem sendo de pagamentos das dívidas financeiras herdadas de gestões anteriores à reestruturação.
Assim, uma dessas pendências é o pagamento de cerca de R$ 50 milhões de uma dívida com a Samsung, por conta da quebra de contrato de patrocínio para assinar com a Fiat, lá em 2010, durante a gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo à frente do Verdão.
Agora, a situação está na Justiça, mas o Palmeiras já entende a causa como praticamente perdida, tendo que buscar um acordo com a empresa coreana.
Portanto, em uma entrevista coletiva, a presidente do Verdão, Leila Pereira, admitiu que a questão está sendo discutida nos tribunais e que há ainda uma busca por amenizar os valores. Mas, no clube já se entende que a situação é delicada.
“O caso Samsung está beirando os R$ 50 milhões. Perdemos em 1ª e 2ª instância, porque o contrato foi rescindido antes do tempo. Mas ainda vamos tentar reverter, ou pelo menos diminuir esse valor nos tribunais superiores.
Ainda continua a briga jurídica, mas estamos tentando um acordo de parcelamento e de oferecimento de publicidade. Estamos conversando para ver como a gente pode fazer.
Estamos recorrendo e vamos tentar diminuir esse prejuízo, tentando fazer um acordo… É o que nos resta”, desabafou a presidente.
O Palmeiras rompeu o contrata de forma unilateral com a Samsung
Para entender o caso, em 2010, quando o Palmeiras estampava a Samsung em sua camisa, o presidente à época, Luiz Gonzaga Belluzzo recebeu uma proposta da Fiat, e assim decidiu romper de forma unilateral o contrato, sob o argumento de que o novo patrocinador pagaria a multa junto.
Porém, a montadora italiana de carros cumpriu o acordo, mas por sua vez, a Samsung alega nunca ter recebido o valor.
Nesse sentido, em entrevista à ESPN e Uol, Belluzzo admitiu a quebra de contrato do Palmeiras, pois os valores maiores seriam para o bem do clube, que necessitava de dinheiro naquele momento.
Ainda, ele disse que tentou acordos com a empresa de eletrônicos, mas nada foi aceito. Dessa forma, a Samsung procurou a Justiça para buscar seus direitos.
Em uma apuração do portal ‘Lance’, além da quebra de contrato, há uma cláusula que pede ressarcimento pela quebra de sigilo do negócio.
Por fim, Leila Pereira diz que há a intenção de sentar-se com a empresa sul-coreana para tentar um acordo para abater o valor da dívida.
“Esses problemas são fantasmas que aparecem de gestões anteriores e que estouram em gestões atuais. É isso que me dói… Num clube de futebol, o presidente tinha que ser responsabilizado pelos atos de sua gestão”, finalizou a presidente do Palmeiras.