Nem mesmo a vitória por 2×0 sobre o Coritiba no fim de semana acalmou os ânimos no Palmeiras. Nesta segunda-feira (23), a presidente do clube, Leila Pereira, se reuniu com o Conselho Deliberativo alviverde, enquanto torcedores protestavam na frente do Allianz Parque.
O momento político do Verdão é de turbulência. A mandatária palestrina vem sendo alvo cada vez maior de críticas, seja da oposição da diretoria ou das organizadas. O estopim deste aumento recente foi uma entrevista coletiva polêmica há duas semanas. Entre as declarações, afirmou que a equipe não teve “mérito” na permanência no Brasileirão Série A em 2014, e que o time corre sérios riscos de ser rebaixado caso ela saia da presidência.
Quem falou sobre o período “agitado” dos bastidores do Palmeiras foi a jornalista Milly Lacombe. Durante o programa UOL News Esporte da manhã desta terça-feira (24), a comentarista questionou o porquê de as críticas serem direcionadas quase que exclusivamente a Leila Pereira.
“Se as pessoas acham que a Leila é tão responsável pelo fracasso, por que não responsabilizaram também pelo sucesso? Na hora que ganhou, foi o Abel (Ferreira). Quando está ruim, é a Leila. A torcida reconhece o poder da Leila, mas só no fracasso. No sucesso, é o Abel. Não foi ela que decidiu escalar um time ‘estranho’ nos mata-matas recentes. Acho que todo mundo tem uma responsabilidade aí. É claro que é um movimento muito volumoso porque ela é mulher. Acho que ela precisa ser criticada sim, eu critico por esse exercício mais autoritário de poder. E também pelo fato de ela não ter essa ligação com o Palmeiras. Mas isso é aceito no Vasco, Botafogo, Cruzeiro”, analisou.
O Verdão se encontra na 4ª posição do Brasileirão, com 47 pontos. Com 12 a menos que o líder, Botafogo, a missão mais plausível para o fim da temporada parece ser obter uma vaga direta à próxima Libertadores. Para isso, os comandados pelo técnico Abel Ferreira entram em campo nesta quarta-feira (25), às 20h, quando recebem o São Paulo.