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No programa Uol News Esporte desta quinta (12), a jornalista Milly Lacombe criticou a forma com que a presidente do Palmeiras, Leila Pereira vem sendo criticada. Os ataques começaram após a mandatária alviverde repudiar as torcidas organizadas em entrevista coletiva na última quarta-feira (11). Segundo Lacombe, o fato de Leila ser uma mulher tem influenciado negativamente, “se ela fosse um homem, diriam que (ele) foi assertivo”, afirmou.
Para exemplificar, a jornalista comparou a situação com o caso de Marcos Braz, dirigente do Flamengo: “Mordeu a virilha do torcedor e hoje tá feliz, rindo, nada aconteceu com ele”, disse. Apesar da colunista concordar com diversos pontos da entrevista, ela classificou o tom usado por Leila contra os torcedores organizados de “classistas”.
Milly ainda apontou uma outra situação em que enxergou machismo, porém desta vez durante a coletiva. O jornalista Flávio Latif, do Uol Esporte, comparou o patrocínio alviverde com o do rival Corinthians, porém foi interrompido pela dirigente que questionou a fonte de Flávio. Incomodado, ele perguntou se poderia prosseguir com a questão. “Ele ficou bravo e falou num tom mais (agressivo). Ele jamais falaria assim com um dirigente homem, jamais!”, afirma a redatora.
Afinal, quanto Leila Pereira já investiu no Palmeiras?
Além de comandar o Palmeiras, Leila é presidente da CREFISA e da Faculdade das Américas (FAM), empresas que patrocinam o clube, e vem sendo cobrada por torcedores para que traga mais reforços ao time. Segundo ela, desde que chegaram ao clube em 2015, ambas companhias injetaram cerca de 1,2 bilhão de reais.
Renato Maurício Prado, colega de Milly no Uol, reconhece como ótimo o trabalho recente dela no clube, mas reclama do modelo de gestão: “Ela conseguiu muitas glórias como presidente, mas eu acho que existe um conflito de interesse quando ela se elege mesmo sendo patrocinadora”.
