Sem o costume de suavizar situações à frente do Palmeiras, Leila Pereira adotou um discurso sincero em reunião do Conselho Deliberativo. Dessa forma, durante a fala de 30 minutos, a mandatária máxima do clube apontou que não está tentando “elitizar” o público que frequenta o Allianz Parque, mas destacou que não pode autorizar uma redução no preço dos ingressos.
Neste cenário, Leila Pereira apontou que os sócios do Palmeiras possuem vantagens de adquirir entradas com preços reduzidos. Além disso, a diretoria vem adotando outras medidas que acabam fazendo uma diferença no bolso dos torcedores.
“Sobre o preço de ingressos. Só 10% das pessoas que assistem o jogo no Allianz Parque pagam o preço cheio. 90% tem algum tipo de desconto. Vou dar um exemplo. ‘Avanti Ouro‘ está em torno dos R$ 145. Se o Palmeiras jogar três vezes no mês, isso dá uns 40, 45 reais. Vamos lá, 50 reais. É popular ou não é? É leviano falar que os preços são exorbitantes. É leviano. 90% das pessoas que entram no Allianz têm algum tipo de desconto. Claro que é popular”, disse.
“A gente não pode entrar nessa conversa de jornalistas que querem destruir nossa gestão. É popular sim. Quem não pode pagar R$ 50 para ir ao Allianz Parque, não vai. Não pode. É uma conta que não fecha. O torcedor quer reforço, quer que eu renove, e como que eu renovei? Eu paguei com aumento salarial. Quer ingresso grátis…criamos a camisa do torcedor, temos os produtos licenciados com valores acessíveis. Como que eu vou pagar essa conta se eu não tenho receita. Parem com esse discurso populista”, completou.
Convicção de Leila no Palmeiras
Insistindo que precisa manter o equilíbrio financeiro do Palmeiras, Leila apontou que a renda dos jogos é importante para o Verdão concluir negociações. Sendo assim, a presidente evitou projetar um cenário que, no futuro, não vai se tornar realidade.
“Esse discurso populista não paga as contas do Palmeiras. Falam que eu só penso em dinheiro, mas como que eu compro e renovo com jogador? São esses pontos que eu queria falar com vocês e eu quero encerrar dizendo o seguinte. Uma das maiores virtudes que eu vejo no ser humano é a coragem. E, nesse meio que eu vivo, eu tenho que ter muito mais coragem. Eu não tenho medo de absolutamente nada. Eu não tenho convicções, eu mudo de ideia toda hora”, finalizou.