Jair Ventura aposta no retorno do Atlético-GO à Serie A do Brasileirão: “Estamos na briga”
Técnico ajustou o Dragão, que hoje luta por uma das quatro vagas para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro
O Atlético-GO começa a 31ª rodada da Série B do Brasileirão na 6ª colocação, com 50 pontos ganhos, apenas três atrás do Juventude e Guarani, respectivamente 3º e 4º colocados da competição.
Hoje na briga pelas primeiras posições, o Dragão teve um começo complicado na segunda divisão, mas conseguiu mudar sua situação após a chegada de Jair Ventura.
Contratado no dia 24 de julho deste ano, o técnico comandou o time goiano em 11 partidas, com sete vitórias, dois empates e apenas duas derrotas. Hoje o Atlético-GO tem o segundo melhor ataque da competição, com 18 gols marcados e melhorou seu desempenho defensivo, tendo sido vazado em apenas oito oportunidades após a chegada do novo treinador.
Buscando seguir firme na luta pelo acesso, a equipe irá encarar o Ituano nesta sexta-feira (6), recebendo o Ituano às 21h30.
Em entrevista exclusiva para o Torcedores.com, Jair Ventura falou sobre o momento atual do Dragão, além de comentar sobre sua carreira e relembrando o vice-campeonato da Copa do Brasil em 2018, quando comandou o Corinthians.
Torcedores.com – Desde que você chegou ao Atlético-GO, o clube deu um salto na tabela (23 pontos ganhos). Já podemos falar que o Dragão é um dos favoritos ao acesso?
Jair Ventura – Fechamos o primeiro turno na segunda parte da tabela, bem atrás dos concorrentes diretos, mas pelo nosso momento, futebol apresentado e resultados, estamos na briga. Favorito não digo, mas estamos na briga
T – Sob seu comando, o time melhorou de forma considerável seu desempenho ofensivo e defensivo. Quais foram os principais ajustes nestes 11 jogos para essa melhora?
JV – Sempre trabalho em todas as fases do jogo om a mesma importância. Não só a ofensiva como defensiva, as transições ofensivas e defensivas e bolas paradas. Estamos fazendo alguns ajustes no que entendemos de futebol, metodologia, model de jogo e de trabalho. Tive a sorte de ter semanas cheias, tempo para poder trabalhar, poder conhecer atletas e isso que priorizamos.
Temos o segundo melhor ataque da competição, somos o time que mais troca passes dentro da área do adversário, tem muitas coisas positivas. E nossa defesa melhor consideravelmente, chegamos a ter a defesa mais vazada da competição.
T – Apesar do foco na Série B, o Atlético-GO já iniciou o planejamento para 2024 em relação a montagem do elenco, renovações e possíveis saídas / reforços?
JV – Não, ainda não conversamos, pois nosso objetivo é o acesso. O planejamento depende muito da série que vamos disputar. Se for na Série A é um, na Série B é outro.
T – Chegaram propostas por jogadores do Dragão na última janela de transferências? Se sim, pode adiantar se foram de clubes da Série A ou do exterior?
JV – Respeito meus companheiros que falam (sobre propostas), mas desde 2016 eu tenho um plano de carreira, antes de virar treinador eu já tinha decidido que não ia comentar. Lógico que os clubes falam. Mas eu e a comissão técnica optamos por não falar sobre (propostas de jogadores)
T – Você ficou mais de sete meses sem trabalhar após seu trabalho no Goiás. Isso aconteceu por algum motivo em especial? As propostas não agradaram?
JV – Foi optar por não trabalhar em campeonato estadual. Acabou que meu sucessor foi demitido no estadual, que é muito difícil. Estudamos algumas coisas, que quase aconteceram, mas não deram certo e chegou a proposta do Atlético-GO e estou muito feliz aqui,
T – Qual sua meta para carreira de treinador? Pensa em trabalhar fora do país?
JV – Sou muito privilegiado. Tão jovem e já trabalhei em clubes grandes. Foco em fazer meu melhor, meu foco é só levar o Atlético-GO para a Série A, meu objetivo é o acesso. Seguir fazendo um presente bom e as coisas acontecem no futuro.
T – Em 2018 você ficou muito perto de conseguir vencer a Copa do Brasil pelo Corinthians. Qual foi a sensação do vice-campeonato e o que tirou de lição para sua carreira?
JV – Lógico que sabemos que aqui no Brasil a medalha de prata vale para algumas pessoas, mas para outras não. Mas com certeza foi uma experiência ímpar chegar na final. Eliminamos o Flamengo na semifinal, que era muito favorito.
O Corinthians tinha perdido muitos jogadores depois do estadual, teve uma reformulação. No elenco. Acabamos perdendo a final no detalhe, por conta de lance polêmico. Para mim não foi falta no gol anulado do Pedro. Mas seguimos, vamos buscar esse título mais para frente.