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Ex-ESPN, João Palomino acredita que modelo para negociação de direitos esportivos “veio para ficar”

Executivo acredita que streaming não dará um retorno tão imediato

Por Carlos Lemes Jr em 05/10/2023 07:48 - Atualizado há 1 ano

João Palomino, e ao fundo, uma flamula do seu querido Taquaritinga (Silvia Herrera/LiveSports)

Do alto de seus mais de 30 anos de carreira, só no jornalismo esportivo, principalmente, na ESPN, o jornalista João Palomino resolveu abraçar um novo desafio. E assim foi, desde que saiu dos canais Disney, em 2019.

A partir de então, ele resolveu colocar toda sua experiência de chefia a serviço da produtora que é sócio, a LiveSports.

Entre um compromisso e outro, Palomino respirou e deu essa entrevista exclusiva ao Torcedores.com

Confira a entrevista na íntegra com João Palomino

Torcedores.com – Hoje, você é sócio da sua própria produtora, a Live Sports. A partir daí, sua vida deu uma desacelerada,  perto do que é o dia a dia de uma redação “convencional”?

João Palomino – São circunstâncias bem diferentes, mas a dedicação tem que ser plena. Isso independe da empresa em que você está. Na ESPN, por exemplo, eram quatro canais, rádio, revista e reuniões com a diretoria. Na LiveSports, o trabalho é muito mais guiado pelo número de clientes que temos e pela demanda deles.

Na minha época de narrador, eu fazia um Barcelona x Real Madrid com a mesma dedicação dos jogos menores. É disso que estamos falando.   

Torcedores – Acredita que os canais como SporTV, ESPN vão ter que começar a recorrer a parcerias com produtoras para ter formatos mais “originais” para bater de frente com o YouTube, por exemplo?

Palomino – Essa parceria, já acontece com as emissoras e não tem nada a ver com o YouTube. O que pode estar acontecendo é que elas estão desenvolvendo produtos para os jovens que consomem a plataforma. 

Mas esse movimento não é de agora. Os canais recorrem a produtoras muito por não quererem gastar com determinados departamentos ou porque não há pessoal, o suficiente, para a elaboração de produtos originais. 

Torcedores – Recentemente, vocês ajudaram na implantação de uma TV esportiva em Angola. Como surgiu o convite? Países de língua portuguesa, na África, consomem conteúdos esportivos do Brasil?

Palomino – Na verdade, a Rede Girassol é um canal geral, surgido em novembro de 2022, que a primeira transmissão foi a Copa do Mundo no Catar. Fizemos vários projetos com eles, mas um que posso destacar foi a intermediação dos direitos do Brasileirão Série A para Angola.

Nesse particular, cuidamos não só da questão dos direitos, mas de toda consultoria técnica, também. Na hora de colocar no ar, são os próprios angolanos que fazem toda a operação, e todo esse cuidado, é uma prova de como Angola gosta de produtos brasileiros. Estamos falando de produtos esportivos, artísticos e políticos. O objetivo é gerar uma aproximação entre os dois países.    

Torcedores – Como ex-diretor da ESPN, acredita que hoje faltam matérias com mais apuração, por parte da equipe dessas empresas?

 Palomino – Estou há quatro anos fora de empresas, como a ESPN, e seria leviano querer comentar sobre os procedimentos internos desses canais. O que há, claramente, é uma tendência a programas de debates. Esse tipo de atração não exclui que o jornalista tenha uma boa fonte, apure com retidão. Porque o que está em jogo é a credibilidade. Essa deve ser uma busca não só do jornalismo esportivo, e sim , como um todo. É uma luta de séculos, que tem como “adversário”, mais atual, as fake news. Aí vale, além de toda moderação, o senso crítico.

Torcedores – Essa repartição dos direitos de competições esportivas, entre várias emissoras, é um caminho sem volta?

Palomino –  O que, já não existe mais, é o conceito de direitos exclusivos. O que as confederações, federações e agências estão fazendo, é um movimento visto há  algum tempo nos EUA, por exemplo.

Lá, esses direitos são vendidos por pacotes, e dentro dele, a empresa tem direito a jogos exclusivos, e não ao campeonato todo. Por que isso acontece? Por causa dos preços abusivos dessa exclusividade. Acho que esse tipo de negociação (por pacotes) veio para ficar. E digo mais: na minha opinião, o streaming vai demorar um pouco para ser essa “galinha dos ovos de ouro” para as empresas de comunicação.

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