PVC faz comparação entre Diniz e Tite e prevê futuro: “Resultados expressivos”
Jornalista analisou tática do novo treinador da seleção brasileira e sinalizou estilo mais agressivo que pode dar frutos
Paulo Vinícius Coelho, em sua coluna na Folha de S.Paulo no último domingo (10), recorreu às seleções marcantes do Brasil, como a de 1970 e a de 1982 para definir a tendência do selecionado de Fernando Diniz.
O jornalista analisou que o chamado ‘Dinizismo’ é uma forma de entender futebol diferente do modelo tático de Tite, que preza mais por equipes defensivas.
PVC não concorda com o uso do termo ‘Dinizismo’, que define o estilo ofensivo e posicional de Diniz. Mas prevê novos voos da seleção brasileira com a forma direta que o técnico estabelece sobre seus adversários.
Após a estreia do técnico do Fluminense à frente do Brasil, com vitória por 5 a 1 sobre a Bolívia na rodada de abertura das Eliminatórias para Copa do Mundo 2026, PVC fez uma previsão sobre o trabalho de Diniz: “Tende a ser mais agressivo e isto pode levar a resultados mais ou menos expressivos“, escreveu o jornalista. “O que só se saberá quando, e se chegar, à América do Norte, em 2026“, prosseguiu, adotando cautela.
Em referência ao trabalho de Tite, que dirigiu o Brasil nas duas últimas Copas do Mundo, PVC reconheceu que o trabalho do técnico também não encontrou muita dificuldade nas Eliminatórias.
Além disso, comparou a tática apresentada por Diniz em sua estreia com o estilo de Tite, quando confrontava com defesas fechadas: “O estilo posicional existiu, por enfrentar uma defesa com cinco zagueiros e quatro meio-campistas […]. Agrediu. [O Brasil de Diniz] não ficou paralisado. Tite também não ficava“, comparou o jornalista.
O trabalho de Tite em dois ciclos, nos quais o Brasil ‘sobrou’ contra adversários sul-americanos e liderou as duas últimas Eliminatórias, não deixou de ser lembrado por PVC: “Não é por perceber a novidade de Diniz que se vai dizer agora que Tite trabalhou mal por seis anos“, enfatizou.
“Suas duas classificações finais em Copas do Mundo são abaixo do que o Brasil precisa, mas o treinador campeão mundial pelo Corinthians estudou como se pede a todo profissional deste país“, reconheceu Paulo Vinícius Coelho.
Vale lembrar que sob o comando de Tite, a seleção brasileira foi eliminada nas quartas de final das duas últimas edições do torneio da Fifa: caiu diante da Bélgica em 2018 e para a Croácia em 2022 – essa última na disputa por pênaltis.
PVC relembra comparação entre seleção Fernando Diniz com as de 70 e 82
Em 1970, liderado pelo Rei Pelé & cia, o Brasil encantou na Copa do Mundo, disputada no México. Para muitos, aquela seleção do tricampeonato mundial foi a melhor de todos os tempos, pela forma que jogava e pelos nomes que vestiam a camisa canarinho.
Já em 82, na Copa da Espanha, o selecionado brasileiro, dirigido por Telê Santana e com a liderança técnica de Zico, encantou o mundo com o ‘jogo bonito’, mas foi surpreendida pela Itália de Paolo Rossi.
PVC enfatizou uma frase dita por Marcelo Cabo, técnico do CSA, que opinou sobre a estreia de Fernando Diniz na seleção e comparou as gerações mencionadas: “Tenho um pressentimento de que nossa seleção será muito parecida com a de 1970 e 1982“.
O treinador faz referência às duas seleções históricas do Brasil: a primeira foi marcada com título e respeito ao futebol brasileiro perante ao mundo.
A segunda é relembrada pelo estilo ousado e o talento, mas que sucumbiu perante a Itália de Paolo Rossi, em uma das eliminações mais doloridas da pentacampeã mundial.
A seleção brasileira volta a campo nesta quinta-feira (12), às 23 horas (de Brasília). A partida é válida pela segunda rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026 e ocorrerá em Lima, no Peru, contra a seleção local.