Home Futebol Milly Lacombe critica CBF sobre coletiva de Perri: “Entidade se cala”

Milly Lacombe critica CBF sobre coletiva de Perri: “Entidade se cala”

A jornalista foi contundente sobre que atitude que a Confederação deveria ter tomado  

Márcio Padula
Márcio Padula é um jornalista que atua há dois anos na cobertura da Sociedade Esportiva Palmeiras e em seu início de carreira escreveu para o jornal Diário de São Paulo sobre os quatro grandes clubes do Estado. Graduado pela FIAM – Faculdades Integradas Alcântara Machado em 1997, já passou por assessorias de comunicação, revistas e jornais. Atualmente no Torcedores.com.

A jornalista Milly Lacombe escreve em sua coluna no portal ‘Uol’, sobre a coletiva do goleiro Lucas Perri e uma pergunta feita sobre se o grupo se solidariza com Antony.

“O mundo hoje é muito corporativista. Obviamente que tem que ser assim, principalmente quando se trata de companheiros. Qual é a solidariedade de vocês com Antony neste momento difícil dele?”

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Com esta pergunta feita, Milly diz que a assessoria de imprensa da CBF, na hora, deveria ter interrompido e explicado ao repórter que Antony está sendo acusado de violência doméstica e psicológica.

“Antony não é a vítima, é a parte acusada. Perri não iria responder porque a pergunta é descabida”, fala Milly.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Ela ainda cita que o caso está nas mãos da Justiça e que a CBF aguarda o desfecho, e aí seguir para a próxima pergunta: “Mas a CBF calou”.

Na sequência, Milly fala sobre o constrangimento de Lucas Perri, visivelmente encabulado, que acabou dando uma resposta protocolar: “Ruim, obviamente, mas pelo menos sem dizer nada parecido com ‘o Antony é um cara bacana, estou do lado dele, torcendo por ele, é um homem decente’”, fala Milly.

Pergunta misógina e bajulação  

Nesse sentido Milly Lacombe fala que o repórter que fez a pergunta misógina ainda ‘bajulou’ a volta de Rodrigo Paiva ao comando da diretoria de comunicação da CBF.

PUBLICIDADE

“Uma comunicação incapaz de se colocar à frente de Perri, dizer ao repórter que o atleta não responderia e em seguida explicar o óbvio. Mas será que para Paiva e para a CBF é assim tão óbvio a violência de uma pergunta como essa?”

PUBLICIDADE

A jornalista vai além e indaga que será que eles concordam com uma abordagem tão absurdamente estúpida?

Por fim, ela cita que nenhum dos repórteres presentes tampouco se manifestaram, e que ninguém deu um ‘berro de revolta’, e a coletiva seguiu como se a pergunta fosse legítima. “Não é legítima”, deixa claro Milly.  

Para ela, a CBF precisa urgentemente colocar mulheres com consciência feminista em seu quadro. Precisa de mulheres à frente de coletivas. Precisa de mulheres no corpo diretor. Só assim perguntas violentas como essas serão evitadas, interrompidas e contextualizadas.

Better Collective