Emerson Fittipaldi faz apelo por mais pilotos da América Latina na Fórmula 1: “Precisamos de mais apoio”
Bicampeão mundial pediu incentivo para que mais latino-americanos façam parte da elite da categoria
Bicampeão mundial pediu incentivo para que mais latino-americanos façam parte da elite da categoria
Apontada como uma das paixões nacionais no Brasil, a Fórmula 1 não conta com um representante do país entre os pilotos titulares em 2023. A questão vai além da nação tupiniquim e se amplia aos países latino-americanos, que atualmente só tem Sérgio Pérez, nascido no México.
Sobre isso, em entrevista ao Torcedores.com, o bicampeão mundial Emerson Fittipaldi lamentou a ausência de pilotos da América Latina e fez apelo por mais apoio na região. Segundo o histórico piloto, é preciso ter mais incentivo das empresas e das pessoas.
“Eu penso que nós precisamos mais do que apenas pilotos brasileiros. Nós precisamos de pilotos latino-americanos. É histórico que desde o primeiro grande prêmio em Silverstone, nós temos grande presença de pilotos latino-americanos. Froilán González, Juan Manuel Fangio, Ricardo e Pedro Rodríguez, depois, alguns brasileiros como Chico Landi”, afirmou Fittipaldi.
O bicampeão mundial lembrou pilotos brasileiros que ocupam as reservas das equipes, ou que estão em categorias abaixo, para indicar um potencial para o futuro. Porém, Emerson Fittipaldi pediu por mais apoio para esse número aumentar e reduzir a ‘dominância’ de europeus.
“Agora estamos com uma falta de pilotos latino-americanos. Tem mais europeus agora do que alguma vez antes. Nós temos Felipe Drugovich e Pietro (Fittipaldi) como reservas na Fórmula 1, Enzo (Fittipaldi) na Fórmula 2 e um monte de jovens talentos chegando”, apontou o bicampeão mundial.
Emerson Fittipaldi pede incentivo para Fórmula 1 ter mais pilotos latino-americanos, cita Carlos Slim e fala de ajuda do Ministério do Esporte
Após lamentar a escassez de representantes da América Latina, o ex-piloto indicou caminho para reduzir essa discrepância no atual quadro da categoria. “Nós precisamos de mais apoio das empresas e das pessoas. Nós precisamos de mais ajuda para talento, como Carlos Slim fez com a Scuderia Telmex. Tem muito talento do México e do Peru, que são grandes exemplos para os entusiastas. Mas nós precisamos de mais”, apelou Emerson Fittipaldi.
O ex-piloto destacou que a falta de apoio dificulta o surgimento de talentos, já que a barreira financeira impede pessoas com menos condições. “É difícil para talentos que não têm dinheiro para estar lá e eles precisam de mais apoio”, disse Fittipaldi. O bicampeão mundial relembrou que a Fórmula 1 é um orgulho nacional para os brasileiros e pediu que empresas colaborem, já que somente a ajuda governamental não basta.
“Eles (Ministério do Esporte) estão ajudando a gente, mas eles só podem ajudar com empreendedores privados. O governo precisa de pessoas para ajudar. Kart é o primeiro passo das corridas que precisa de apoio”, indicou Emerson Fittipaldi.