O famoso “terrão” Corinthians não é apenas um celeiro de craques, mas também uma excelente fonte de renda para o time.
Só nesse temporada, o Corinthians faturou R$ 177 milhões, um aumento de R$ 31 milhões em comparação com 2022. É uma excelente marca para um time que previa arrecadar “apenas” R$ 90 com as transferências.
As vendas do Timão incluíram Lucas Piton ao Vasco, Gustavo Mantuan e Pedro ao clube russo Zenit, Adson ao francês Nantes e Murillo ao inglês Nottingham Forest.
Já o dinheiro das transações de Malcolm, Carlos Augusto e Gabriel Pereira veio pelo percentual que o Corinthians detém ser o clube formador dos jogadores.
Mecanismo de solidariedade
Esse é o famoso mecanismo de solidariedade, recurso criado em 2000 pela FIFA para compensar financeiramente as equipes que formaram os jogadores.
Vale lembrar que o time inicial só recebe quando é feita a venda do jogador, ou seja, casos de encerramento de contrato não valem.
Casos como a vinda de Yuri Alberto do Zenit também fogem à regra, já que Du Queiroz e Robert Renan foram para a equipe russa para equilibrar a negociação.
O mecanismo não garante, contudo, que o recebimento seja rápido. Em alguns casos, como do jogador Malcolm, o Timão ainda espera o pagamento por parte do Barcelona de mais de R$ 4 milhões.
Confira os valores das transações
- • Adson: R$ 27 milhões (Nantes-FRA)
- • Pedro: R$ 46,7 milhões (Zenit-RUS)
- • Gustavo Mantuan: R$ 10,4 milhões (Zenit-RUS)
- • Murillo: R$ 64,4 milhões (Nottingham Forest-ING)
- • Lucas Piton: R$ 16 milhões (Vasco)
- • Gabriel Pereira: R$ 4,8 milhões (mecanismo de solidariedade)
- • Malcom: R$ 7,87 milhões (mecanismo de solidariedade)
Conexão Brasil – Rússia
Chama a atenção a quantidade de atletas corintianos negociados com a equipe de São Petersburgo dirigida por Alexander Medvedev.
Muitos torcedores têm criticado duramente a gestão de Duílio Monteiro Alves por “rifar” promessas da base para serem negociadas em um mercado que não é dos mais lucrativos.
O esforço para trazer Yuri Alberto é um clássico exemplo de como o time mais perdeu do que ganhou em termos de qualidade.
O centroavante, que veio a peso de ouro, hoje é cada vez mais questionado pelo fraco futebol apresentado.
Essa estratégia contrasta com os altos salários pagos a medalhões como Fagner, Cássio, Gil e Fábio Santos que ultimamente têm demonstrado pouco rendimento em comparação ao que ganham.