Segundo o jornal britânico “The Telegraph”, a ATP e a WTA estão dando os primeiros passos para uma possível fusão dos torneios de tênis masculino e feminino. Os líderes das duas entidades, Andrea Gaudenzi e Steve Simon, devem se encontrar no final de setembro em Londres para discutir a união dos dois principais órgãos que organizam o esporte.
Nos últimos dois anos, rumores surgiram de que as duas associações poderiam se juntar, e alguns movimentos foram feitos neste sentido, com ações de marketing conjuntas e o lançamento de um aplicativo de transmissões. Porém, de acordo com as informações divulgadas pelo jornalista Simon Briggs, agora há uma urgência para que a fusão total aconteça.
O crescente interesse e investimento da Arábia Saudita em torno do tênis, semelhante ao que aconteceu com a fundação da liga LIV Golf – que retirou muitas das estrelas da tradicional PGA, entidade que comandava as principais competições do esporte – é uma preocupação para a ATP e a WTA. A expansão da associação de jogadores criada há quatro anos por Novak Djokovic, a PTPA, também vem causando incômodos.
Se acontecer, a fusão entre as duas associações, no entanto, não vai sair do dia para a noite. Isso porque elas têm parcerias comerciais com diferentes marcas e emissoras de transmissão. Rearranjar a logística dos dois calendários também seria um desafio. Além disso, o pagamento dos atletas teria que ser repensado, já que os homens ganham em média 75% a mais do que as mulheres (apesar da equidade de prêmios nos Grand Slams), o que eles não devem querer abrir mão.
Muitas personalidades do mundo do tênis já expressaram sua vontade de que a ATP e a WTA se unam. Entre eles estão Roger Federer, Billie Jean King, John McEnroe e Kim Clijsters. Com conversas acontecendo durante o US Open e a reunião marcada para o final do mês, fica a expectativa de quais mudanças estão no horizonte do tênis.