Palmeiras: Abel Ferreira ‘contraria’ pedidos da torcida e admite preferência por elenco curto
Comandante Alviverde explicou o motivo de preferir trabalhar com um elenco mais enxuto, ao invés de ter 30 jogadores à disposição
O Palmeiras venceu o Atlético-MG por 1 a 0 no Mineirão, em jogo válido pela partida de ida das oitavas de final da Libertadores. Embora o resultado tenha sido ‘magro’, o Verdão agora precisa de apenas um empate para avançar de fase. Após a partida, o técnico Abel Ferreira repetiu uma frase que tem utilizado com bastante frequência nos últimos anos.
O comandante português reforçou que o Palmeiras “não vai ganhar sempre, mas sempre lutar para ganhar”. Ao ser perguntado sobre a retomada da confiança do elenco após um período de oscilação, Abel ainda minimizou o fato de ter um elenco curto.
“Prefiro ter um elenco curto e arriscar do que ter 30 jogadores de quando cheguei e metade chateada porque não joga. Nossa maneira de jogar é a mesma, só quem não sabe como funciona futebol que acredita que uma equipe vai ganhar sempre”, disse Abel Ferreira.
“Já disse várias vezes e vou voltar a repetir: não vamos ganhar sempre, vamos sempre lutar para ganhar. Sobre a má fase, já expliquei muito bem. Infelizmente, em função da loucura que é a intensidade de jogos no Brasil, tivemos vários jogadores em baixa forma física e lesionados que vocês não souberam e nem tem que saber. Vocês tem que saber o que nós queremos passar e não o que vocês querem”, acrescentou.
Assista aos melhores momentos de Atlético x Palmeiras:
Abel Ferreira analisa atuação de Veiga e retorno de Dudu:
Abel Ferreira também falou sobre a atuação de Raphael Veiga, um dos destaques da partida e autor do único gol do jogo. Assim como o time, o meia passou por um período de oscilação, mas tem retomado o bom desempenho nos últimos jogos.
“Veiga é um jogador completo, foi um dos jogadores que também passou por problemas. E o problema não foi a seleção. O problema é que nas seleções não se treina, ou treina pouco. São todas, não só a brasileira. Os que vão e não jogam, voltam sem ritmo. O método de trabalho é outro. O problema do Veiga foi exatamente o mesmo do Rony, do Dudu, do Murilo, Zé Rafael. Nós vemos o Zé Rafael hoje que não víamos há um mês porque estava com problema”, explicou Abel.
A vitória sobre o Atlético também marcou o retorno de Dudu aos gramados. O camisa 7 desfalcou o time nos últimos três jogos por dores na panturrilha e voltou atuando mais pelo meio e menos pelas pontas.
“Olhando também para a parte física dele, sabia que não teríamos ele na sua melhor capacidade física. E temos um lateral com boa capacidade física. Com o Dudu indo para dentro, criamos uma dúvida na cabeça do adversário. Depois, essa forma de jogar poupa mais energia com bola, mas sem bola, não poupa ninguém”, disse o treinador.