Revelado pelo São Paulo, mas com fim de carreira no Palmeiras, Denílson sempre deixou o torcedor tricolor com uma pulga atrás da orelha sobre o motivo de nunca ter retornado ao clube.
Porém, em seu podcast ao lado de Chico Garcia, Denílson recebeu Rica Perrone, jornalista e torcedor do São Paulo, e o repórter, que era setorista do Tricolor em 2008, lembrou do caso, o que levou Denílson a abrir o jogo e já confirmar o que era especulado: dirigentes do São Paulo acreditavam que ele iria “tumultuar o ambiente”.
“O João Paulo de Jesus Lopes, o Leco, sempre se deram bem comigo, o Marco Aurélio Cunha também. Depois do Juvenal, esse trio mandava no São Paulo. Um dia surgiu a notícia de que o Denílson iria se recuperar de uma contusão no São Paulo”, disse Rica Perrone, o que levou Denílson a responder.
“Me interessa muito ouvir isso (…) Era para manter a forma pela limitação que eu já tinha (não era lesão). o Reffis era considerado o melhor lugar que tinha”, disse Denílson.
“Fiquei sabendo da notícia de que alguém proibiu o Denílson de treinar no São Paulo”, lembrou Rica, que seguiu.
“Fui no Jesus Lopes e falei: ‘que p*** é essa?’ Fiz as perguntas que eu tinha que fazer, desliguei o gravador, e perguntei do Denílson ficar de fora. O Denílson ia parar em outro clube. Essa era a casa dele, ele tinha que treinar ali. Ele disse que o Denílson ia tumultuar o ambiente, iam começar a falar que ele iria voltar. Não concordei e fui no Marco. Falei que não estava certo e me pareceu que a decisão não foi dele. Ele nunca me falou quem foi, mas me pareceu que a decisão não foi dele. Aí ele aparece e vai para o Palmeiras.”
Denílson confirmou a versão e pouco tempo após ser recusado no São Paulo e foi anunciado no Palmeiras.
Denílson no São Paulo e no Palmeiras
Revelado no São Paulo, Denílson disputou 191 jogos pelo clube, com 26 gols marcados. Pelo clube, ele conquistou uma Copa Master Conmebol e uma Copa Conmebol, além de ter sido convocado para disputar a Copa do Mundo de 1998 e ter conquistado o Paulista do mesmo ano.
Ele foi vendido ao Bétis, foi campeão do mundo em 2002, e rodou, tendo defendido o Bordeaux, da França, o Al Nassr, da Arábia Saudita, e o Dallas, dos Estados Unidos. Em 2008 assinou com o Palmeiras, onde fez 55 jogos, com sete gols, e conquistou um título do Paulistão.