Livre para emitir opiniões no YouTube, Galvão Bueno vem adotando um comportamento menos “engessado” fora da Globo. Dessa forma, durante o seu podcast na plataforma, ele não deixou de apontar uma alteração envolvendo o legado de Boni. Considerando o ex-executivo da empresa como um dos mestres, o locutor fez questão de destacar que o longo trabalho de um dos principais nomes da comunicação está em risco nos dias atuais.
Apesar do alerta, Galvão Bueno deu ênfase ao padrão de qualidade da Globo. Ultrapassando quatro décadas como funcionário da emissora, ele presenciou uma revolução tecnológica e se emocionou durante a cobertura da Copa do Catar, cenário que serviu como despedida das transmissões na TV.
“Eu vou fazer 42 anos na Globo. É uma coisa espetacular“, disse na entrevista com Álvaro José e Fernanda Paes Leme.
“Eu digo sempre que a vida me deu três mestres no meu trabalho. O primeiro deles é o Boni, que foi o cara que fez tudo isso (que a Globo é), e hoje até estão estragando um pouco o que ele fez. Huuum… o Boni me ensinou uma coisa: ‘Sempre se pode fazer melhor'”, completou.
Além de Boni, Galvão Bueno elegeu Armando Nogueira e Pelé como os demais mestres que teve na carreira. No caso do Rei do Futebol, o narrador relatou um grande senso de humildade, postura que serviu de aprendizado para que os fãs sejam devidamente exaltados.
“O meu segundo mestre foi Armando Nogueira, aquela coisa tão carinhosa dele (…) O cara que teve a honra de ser amigo do Pelé, ter proximidade com ele, fazer três Copas do Mundo com ele. E o Pelé sempre me impressionou porque ele era a pessoa mais famosa do mundo. Viajei com Pelé o mundo inteiro, e nunca vi ele dizer não para tirar uma foto, dar um autógrafo, um beijo numa criança. E ele me ensinou uma frase muito simples: ‘Galvão, coloque na sua cabeça, nós vivemos do carinho deles, sempre temos que ser carinhosos com eles’.“, contou.