Gabriel Jesus relembra dia que Guardiola o fez chorar: “Liguei para a minha mãe”

Gabriel Jesus viveu altos e baixos no Manchester City. Entre momentos na reserva e gols importantes, o brasileiro se destacou no período que atuou no time de Pep Guardiola. Em entrevista ao podcast “Denílson Show”, o ex-Palmeiras relembrou um momento que chegou a chorar por conta de uma decisão do treinador espanhol.

A situação aconteceu durante a fase de grupos da Champions League de 2021/22, quando Guardiola treinou com o atacante entre os titulares, mas preferiu escalar Zinchenko, jogador de característica totalmente diferente, para a partida contra o PSG de Neymar, Lionel Messi e Kylian Mbappé.

“Coisa de louco. Um dia antes, ele não o colocou para treinar lá (em posição de ataque). Eu estava treinando de atacante. O Zinchenko até brinca comigo: ‘Fiquei mal por você'”, explica Gabriel Jesus. “Duas horas antes do jogo tem a palestra, ele dá o time, depois a gente come, descansa e vai para o jogo… Ele deu o time, eu nem comi. Fui direto para o quarto, chorando, liguei para minha mãe: ‘Quero ir embora. Vou para casa’”, contou o brasileiro.

No jogo em questão, o atacante ex-Palmeiras entrou no segundo tempo e fez o gol da virada por 2 a 1. O Paris Saint-Germain saiu vencendo, em embate na Inglaterra, com gol de Mbappé, mas o City buscou o resultado e marcou com Sterling e Jesus.

“O jogo virou 0 a 0 (placar parcial). Ele (Guardiola) me chamou, eu entrei, fiz assistência, fiz um gol e viramos. No outro jogo, pensei que ia jogar e não joguei. Então, tinha muito essa parada com ele. E não é fácil. É muito difícil. Mas o cara evolui”, ressaltou ele.

Relação de Gabriel Jesus com Guardiola

Ele atuou no City entre 2017 e 2022, tendo conquistado quatro vezes a Premier League e outras taças nacionais. Depois de marcar época no clube, o atacante decidiu se transferir para o Arsenal, rival direto na busca por títulos. O brasileiro detalhou um pouco mais sobre a relação com o treinador espanhol.

“O único atrito que tive com o Guardiola foi esse, de esperar, de ter que não se importar de não tocar na bola, de não participar do jogo”, analisou Gabriel Jesus.

“Ele sempre me pedia isso, e isso me incomodava. Teve jogo que toquei três vezes na bola no primeiro tempo. Eu ficava maluco. Mesmo se fosse um hat-trick, eu fico maluco. Eu quero jogar, eu quero estar envolvido”, disse ele.