Em entrevista ao podcast “Deu Zebra”, Maurício Noriega, que trabalhou na Globo por quase 21 anos, recordou os bastidores da emissora. Dessa forma, o vazamento envolvendo Milton Leite e Rogério Ceni foi citado no bate-papo. Alvo de um vazamento, o narrador teve sua fala divulgada no momento em que chamou o ídolo do São Paulo de “chato pra caralh*”, algo que virou um momento inesquecível da televisão.
Neste cenário, Noriega contou que os vazamentos nem sempre eram de autoria de pessoas de fora da empresa. Sendo assim, ele destacou a situação de William Waack, que teve um vídeo polêmico gravado pelo ex-operador de VT Diego Rocha Pereira, ocasião em que o profissional foi acusado de racismo e, posteriormente, desligado pela Globo.
“Não (estava). Eu estava na Venezuela. No próprio vídeo eles estavam me enchendo o saco. ‘Noriega tá de cabeça quente’. Teve uma época que os caras vazavam toda semana uma coisa. A gente não descobriu (quem era), mas era de sacanagem. Tinha uma coisa na época que os caras ficavam subindo o sinal do satélite antes da transmissão começar. A gente ficava falando, tudo aberto, não tinha essa criptografia que tem hoje. Algum gaiato pegava pela parabólica, achava aquele sinal e gravava, ou então algum sacana da TV gravava no caminhão.“, disse Noriega.
“Foi a sacanagem que fizeram com o William Waack. O cara gravou aquilo ali, devia ter bronca com ele, e segurou aquela parada. Certeza absoluta (que foi da TV), com aquela qualidade de imagem, tudo bonito. Não sei se descobriram, mas aquilo foi vingança mesmo, sujeira.”, completou.
Desconforto de Noriega na Globo
Por conta da longa trajetória dentro da Globo, Noriega nem sempre teve afinidade com os antigos colegas de emissora. Diante disso, o jornalista contou que um dos companheiros causou uma impressão negativa pelo estilo, mas a situação acabou sendo encarada de forma profissional.
“Já trabalhei (com alguém que não gostava), mas não vou falar. Eu sou bem educado, não vou apelar e ali é meu trabalho. Não bateu o santo, era um cara meio enjoado, metido e tal…”, relatou.