Milly Lacombe vê falta de cobrança com Robinho e destaca comentarista da Globo: “Rindo da nossa cara”
Jornalista cobrou condenação, mas fez alerta sobre o atacante não ser um monstro
Em desabafo após a divulgação dos áudios sobre o caso de estupro envolvendo Robinho, Milly Lacombe lamentou a falta de cobranças sobre a situação. Dessa forma, como Diego Ribas apareceu jogando futevôlei e sorrindo ao lado do ex-companheiro de Santos, a jornalista apontou que a condenação do atacante vem sendo ignorada. Neste contexto, a postura da Globo em manter o antigo camisa 10 do Flamengo na cobertura da Copa do Mundo e, posteriormente, confirmar a contratação foi mencionada como exemplo em seu discurso.
“Em um mundo ideal, esses casos seriam raros, a palavra da vítima seria crível e a condenação da Justiça Italiana condenação na justiça italiana seria o suficiente para a condenação aqui. Mas aqui ainda tem muita gente que não acredita, tem gente que: ‘Deixa para lá. Deixa o Robinho seguir a vida’. Ele está jogando futevôlei na praia, com amigos. O Diego estava lá tirando uma foto com ele e rindo, da nossa cara provavelmente. O Diego foi recém-contratado pela Globo. Não pega nada. Escrotizar a mulher na nossa sociedade não pega nada”, disse em live do UOL Esporte.
“A gente ouviu os áudios, eles estão só brincando. O corpo da mulher é só um objeto. A mulher não é um sujeito. Para nós, mulheres, é a morte. Uma mulher é estuprada a cada 10 minutos no Brasil, em números subnotificados.“, completou.
De folga no Flamengo, Diego Ribas joga futevôlei com Robinho em Santos.
— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) September 26, 2022
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Na sequência, Milly Lacombe apontou que Robinho, condenado a nove anos de prisão, precisa cumprir a pena no Brasil. Porém, ela não atrelou a imagem de monstro ao atacante, motivo pelo qual uma reeducação sobre a cultura do estupro foi mencionada como melhor hipótese para que todos fiquem cientes sobre a forma que a mulher é tratada na sociedade.
“O Robinho não é um monstro. Os amigos do Robinho não são monstros. Precisa haver a condenação, mas também a condenação. A gente precisa educar uma educação sobre a cultura masculina que leva ao estupro”, finalizou.