Para demonstrar apoio aos protestos contra o racismo que ocorreram em Brasil x Guiné, a seleção entrou em campo com um uniforme preto. Dessa forma, além da estética inovadora e que foi aprovada por grande parte da torcida, Milly Lacombe sugeriu que o amarelo seja “suspenso” nos jogos do time nacional. Isso porque a camisa tradicional passou a ser atrelada a fins políticos, algo que mencionado pelo discurso da jornalista.
Na sequência, Milly lembrou que o jogo do Brasil marcado por manifestações para repudiar o racismo contou com um episódio de preconceito. Antes do amistoso, Felipe Silveira, amigo e assessor de Vinícius Júnior, denunciou que um dos seguranças do estádio apontou uma banana em tom de ameaça e teria dito: ‘Mãos para cima, essa daqui é minha pistola para você’.
“Seleção devia adotar essa camisa linda para o novo ciclo. Aposenta temporariamente a camisa sequestrada pelo fascismo e simboliza a intenção de realmente lutar contra o racismo porque só de slogan não viveremos: tá tendo jogo mesmo depois do racismo do segurança logo na entrada”, escreveu Milly no Twitter.
Seleção devia adotar essa camisa linda para o novo ciclo. Aposenta temporariamente a camisa sequestrada pelo fascismo e simboliza a intenção de realmente lutar contra o racismo porque só de slogan não viveremos: tá tendo jogo mesmo depois do racismo do segurança logo na entrada
— Milly Lacombe (@millylacombe) June 17, 2023
Em um fato inédito em 109 anos de história, a seleção brasileira disputou o primeiro tempo do amistoso de preto. Sendo assim, o uniforme trouxe sorte, já que Joelinton e Rodrygo colocaram a equipe de Ramon em vantagem no placar que se encerrou em 2 a 1 na etapa inicial.
“Desde o primeiro dia do meu mandato, essa questão é prioritária. Fizemos um seminário para tratar do tema, criamos um grupo de trabalho com 60 pessoas que se reúnem periodicamente para avançar em discussões e propostas”, disse Ednaldo, que destacou uma das últimas medidas da CBF na luta contra o racismo. Somos a única federação de futebol do mundo que criou um dispositivo que prevê a perda de pontos por causa de atos de racismo. Isso está no texto do Registro Geral de Competições da CBF.”, destacou Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade.