Mattos revela “líder” do trote em Róger Guedes no Palmeiras: “Pega esse moleque”
Ex-dirigente do clube paulista deu detalhes sobre o polêmico episódio com o atacante na Academia de Futebol
Em entrevista ao podcast “Benja Me Mucho”, Alexandre Mattos deu detalhes sobre o trote sofrido por Róger Guedes no Palmeiras. Após se revoltar por perder a posição no time titular, o atacante deixou a concentração e acabou sendo “punido” pelo elenco. Dessa forma, a situação, que deveria ser uma brincadeira, causou repercussão pelos golpes aplicados contra o atual jogador do Corinthians.
Neste contexto, Mattos explicou que Zé Roberto liderou o movimento para que Róger Guedes sofresse o trote. Diante disso, o ex-diretor de futebol do Palmeiras admitiu que o episódio passou dos limites, tendo em vista a força desnecessária para imobilizar o atacante
“Teve um problema da maturidade que o jogador vai adquirindo, ele tem uma personalidade forte. (Róger Guedes) é um ótimo jogador, sempre foi no Palmeiras (…) Em 2017, por opção do treinador, ele não iria começar um jogo, ficou sabendo e saiu da concentração. Tive que ligar pro empresário e ligar para o Róger Guedes, demos uma multa e ele voltou. São coisas naturais. Tem um código de conduta dos jogadores, não se pode fazer certas coisas. Teve uma cobrança forte dos jogadores. Zé Roberto, Moisés, Dracena, Felipe Melo… os líderes. Era para ser uma zoeira e a atitude fez não ser.”, disse Mattos.
“Eu lembro que o Zé Roberto foi o líder daquilo ali. Eles forçaram e ele saiu correndo… foi para uma casa escondida. O Zé Roberto chamou uns quatro e disse: ‘Vamos pegar esse moleque. Eu passo (pelo trote) e ele não vai passar?’. Ele foi lá e buscou. Empurrava e os caras (batiam), saiu do controle.“, completou.
Palmeiras fechou venda milionária
Sem clima no Palmeiras, Róger Guedes acabou sendo emprestado para o Atlético-MG. Porém, o início no Galo não foi animador, motivo pelo qual o empresário do atleta alinhou acerto com o Bahia, mas Mattos agiu nos bastidores para que ele permanecesse no clube alvinegro.
“Saiu do controle. Acho que eu conversei, disse que não podia… emprestamos o Róger Guedes no final do ano, era um ativo importante. Colocamos ele no Atlético-MG com a condição que se aparecesse alguma coisa, a gente iria vender. Lembro um dia que o empresário dele me ligou e acertou para ele ir pro Bahia, e o Róger Guedes queria ir pro Bahia. O Fábio Santos botou ele embaixo do braço e o Róger Guedes começou a jogar muito. Os chineses queriam o Dudu, ligaram no Palmeiras, eu falei que tinha a solução, que era o Róger Guedes (…) Vendemos ele por 9.5 milhões (de euros)”, contou.