Aposentado dos gramados em 1999, quando defendia o União São João, Ricardo Pinto, de 58 anos, não deixou o de lado o futebol. Atualmente como técnico, com trabalhos realizados no Paraná Clube e Red Bull Brasil, o ex-jogador iniciou um trabalho de aperfeiçoamento na função no Athletico Paranaense.
O Torcedores.com apurou que o estágio no Furacão ficou ainda mais fácil pelo bom relacionamento de Ricardo Pinto com o presidente Mário Celso Petraglia, que foi responsável por sua ida para o clube em 1995. A ideia inicial é que o ex-goleiro acompanhe as atividades no CT do Caju em três dias na semana.
Ricardo Pinto já vinha realizando cursos preparatórios da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) desde 2020. Seu foco tem sido trabalhar como técnico, embora também tenha habilitação para trabalhar como preparador de goleiros. O convite partiu do diretor executivo Alexandre Mattos.
O ex-jogador soma mais de 12 anos de experiência como jogador. Ricardo Pinto atuou no Athletico por três temporadas e tem muito prestígio no clube. O lendário camisa 1 conquistou a Série B do Campeonato Brasileiro de 1995. Recentemente, recebeu convites para comandar equipes da segunda divisão paranaense, mas nenhuma oferta o agradou.
Horas depois da reportagem do Torcedores.com ir ao ar, Ricardo Pinto utilizou sua conta no Instagram para confirmar o estágio. Na rede social, o ex-jogador postou fotos ao lado do goleiro Bento, do volante Fernandinho e de integrantes do departamento de futebol profissional rubro-negro.
Quase aposentadoria em 1996
Ricardo Pinto tornou-se um ídolo no Atlético após conquistar o título de Campeão Brasileiro da série B em 1995 e ter excelentes atuações na série A em 1996. Durante um jogo contra o Fluminense no Estádio de Laranjeiras, ocorreu um incidente em que ele provocou de forma debochada a torcida tricolor.
Indignados, alguns torcedores invadiram o campo e agrediram covardemente o atleta, assim como outros jogadores do Furacão. Como resultado da violência sofrida, ele teve que passar por uma cirurgia para a retirada de um coágulo no cérebro e nunca mais conseguiu atuar em alto nível após esse trágico episódio.
Revelado pelo Fluminense, atuou por Americano, União São João, Corinthians, Athletico Paranaense, Inter de Limeira, Iraty, Goiás, Joinville e Cerro Porteño, do Paraguai. Ao longo da carreira, venceu o Campeonato Paraguaio (1992), Copa do Brasil (1995), o Campeonato Paulista (1995), o Campeonato Goiano (1998), a Taça Rio (1990) e a Copa São Paulo de Futebol Júnior (1986).