Ex-profissional do Grupo Globo, o repórter Marcos Uchôa se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter na última terça-feira (13) ao apresentar a live “Conversa com o Presidente”, em um bate papo com Luiz Inácio Lula da Silva. O jornalista, no entanto, acabou cometendo um erro posteriormente após trazer uma informação errada na live do UOL com os jornalistas Leonardo Sakamoto e Fabíola Cidral.
Ao falar sobre a novidade promovida pelo chefe do Executivo, Marcos Uchôa se equivocou completamente ao mencionar o volume do pico de aparelhos conectados de forma simultânea na live, e foi prontamente corrigido por Cidral.
“Hoje, eu acho que tinha 1,5 milhão de pessoas simultaneamente, se eu não me engano”, disse Marcos Uchôa, sendo questionado um pouco depois pela jornalista Fabíola Cidral.
“Só ficou uma dúvida na sua fala sobre ter 1,5 milhão de acessos, e os números que estão saindo na live do Lula não chegam a isso não, falam em 6 mil simultâneos. Dá onde você tirou esses números de 1,5 milhão?”, indagou Cidral.
“Não foi eu que pesquisei. Eu estava uma pessoas conversando, mas não sei da onde tiraram. Então, perdoe. Não foi uma coisa que eu vi. Mas podem chegar a números bons já no YouTube, quando as pessoas assistirem depois. Até porque não tinha expectativa, não houve lançamento, ninguém avisou que ia ter”, disse o ex-repórter da Globo, que foi o responsável pelo bate papo com Lula.
TRAJETÓRIA NA GLOBO
Polivalente, Marcos Uchôa percorreu diversas áreas da cobertura jornalística em 34 anos de Globo, transpassando o esporte, política e guerra. Em novembro de 2021, o repórter tomou a decisão de entregar o cargo em meio ao processo de crise que já se iniciava na emissora.
Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, Uchôa, que chegou a se movimentar para ingressar na vida como parlamentar, explicou a tomada de decisão.
“Acho que a Globo está sofrendo, como muitos meios de comunicação, com a saída do dinheiro das mídias tradicionais e a entrada desse dinheiro na internet. É uma realidade que anos atrás não existia. Essa diminuição de dinheiro acarreta em prejuízos e necessidades de adequar os gastos. Nesse aspecto, cortando as pessoas que são mais velhas e estão há mais tempo lá, de fato, é uma economia de gastos mais rápida”, disse o ex-jornalista da Globo.
Um dos fatores que culminaram também no pedido de demissão de Uchôa foi ele não concordar com a prática de redução de gastos na operação.
“Gosto de ir aos lugares, fazer as reportagens in loco. Mas, foi difícil largar o salário que eu tinha. Era um salário muito bom, confortável”, pontuou o jornalista.