Daniel Alves se manifesta na prisão e diz que perdoa vítima de estupro: “Não sei porque ela fez isso”
Lateral-direito revelou detalhes sobre o que ocorreu na noite em que teria cometido suposto crime sexual
Detido na Espanha desde janeiro, Daniel Alves quebrou o silêncio em entrevista ao jornal “La Vanguardia”. Acusado de estupro contra uma jovem de 23 anos, o jogador de 39 anos mantém a versão que não cometeu nenhum ato criminoso nas dependências da boate Sutton. Considerando que está sendo alvo de injustiça, ele apontou que perdoa a vítima, mas afirmou que desconhece o motivo da denúncia.
Neste cenário, Daniel Alves fez questão de pedir desculpas para Joana Sanz. Apesar da modelo ter anunciado que havia se separado, o ex-atleta do Barcelona apontou que ainda está em união e manifestou o desejo de seguir compartilhando sua vida ao lado da mulher com quem se casou.
“Eu a perdoo. Ainda não sei porque ela (suposta vítima) fez tudo isso, mas a perdoo. E queria pedir desculpa à única pessoa a quem tenho que pedir desculpa, que é a minha mulher, Joana Sanz. A mulher com quem me casei há oito anos, ainda sou casado e espero viver com ela por toda a minha vida”, disse Daniel Alves.
“Resolvi dar esta entrevista, a minha primeira desde que estou aqui, para que as pessoas saibam o que penso. Que conheçam a história pelo que vivi naquela manhã naquele banheiro. Até agora, uma história muito assustadora de medo e terror foi contada, que não tem nada a ver com o que aconteceu, nem com o que eu fiz. Tudo o que aconteceu e não aconteceu lá dentro só ela e eu sabemos.”, acrescentou.
Após ter cometido o suposto estupro, Daniel Alves teria “ignorado” a jovem ao passar pela mesma antes de deixar a boate. Dessa forma, houve uma explicação que a vítima não foi avistada no momento, motivo pelo qual o lateral seguiu com seu caminho.
“Quando a mulher com quem tenho um problema sai do banheiro atrás de mim, fico um pouco na minha mesa. Ao sair, soube pelas imagens que passei perto de onde a mulher estava chorando. Eu não a vi. Se a tivesse visto chorar, eu teria parado para perguntar o que estava acontecendo. Naquele momento, se algum responsável pela discoteca me pedisse para esperar porque a jovem alegava que eu a teria agredido sexualmente, não iria para casa. Na mesma noite apareceria em uma delegacia para esclarecer.”, justificou.
Mesmo que a defesa de Daniel Alves tenha entrado com pedidos de liberdade, a Justiça espanhola optou por não libertá-lo. Diante disso, a tendência é que o brasileiro siga detido até a data do seu julgamento, previsto para ocorrer entre outubro e novembro. Caso seja condenado, existe a possibilidade de uma pena máxima de 12 anos de reclusão.