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O ex-jogador Zé Elias, que foi revelado pelo Corinthians e atualmente é comentarista dos canais ESPN, participou do podcast “Tomando Uma Com”, onde falou sobre sua carreira, sobre o Timão e sobre futebol em geral.
Zé Elias, que tinha fama de ser um jogador mais “violento”, que chegava duro nas jogadas, foi perguntado sobre Fagner, do Corinthians, que também tem fama de não afinar nas jogadas.
O comentarista, então, disse que o lateral passa sim do ponto muitas vezes, mas elogiou a qualidade dele.
“Eu acho que o Fagner em muitos lances passa (do ponto). Ele vai muito forte e vai no lance para quebrar, para machucar. Teve um lance, por exemplo, não lembro em qual jogador, não tinha necessidade nenhuma, o cara tava de costas e o Fagner entrou solando. Dependendo do jeito que pega, pode quebrar uma perna.”
“Eu acho que ele é muito bom jogador, mas não sei o que dá na cabeça do Fagner que em determinados momentos ele perde a mão”, opinou o comentarista.
Zé Elias diz que às vezes o jogador não sabe o que fez
Em seguida, Zé Elias sai em defesa do jogador, dizendo que, dentro de campo, você pode chegar duro “sem saber”.
“Não vou falar que é uma crítica ao Fagner, porque tem coisa que você faz no jogo e não entende, não sabe. Você tá com a adrenalina, tá tão focado naquilo que você só vai entender o que fez, dias depois.”
Então, Zé complementa relembrando um episódio que vivenciou quando jogava no futebol da Grécia e enfrentou o Manchester United.
“Fui expulso uma vez por uma entrada no Verón, que jogava no Manchester United e eu no Olympiacos. O Verón vinha do lado esquerdo e virou para distribuir o jogo, porque é destro. Quando ele virou, eu dei o carrinho para bloquear. Ele viu que eu dei o carrinho e antecipou. Aí, eu peguei ele. Como eu ia forte na bola, acabei levando o vermelho direto.”
“O treinador veio falar comigo sobre a expulsão e eu falei: ‘normal, fui na bola e ele tirou a bola antes’. Depois eu fui ver o lance, não era nada daquilo que eu achei. Foi feio, fiz merda. Mas na hora, você não vê. Então, às vezes, o caso do Fagner pode ser isso, de perder a noção do que faz”, finalizou.
