Em entrevista ao podcast do jornalista José Carlos Araújo, Romário não deixou de opinar sobre o processo de sucessão no comando da seleção. Mesmo sem criticar a possível decisão de um estrangeiro ser contratado pela CBF, o Baixinho acredita que Fernando Diniz está pronto para assumir o Brasil. Em alta pelo trabalho à frente do Fluminense, o técnico foi visto como capaz de promover um padrão de jogo pautado no jogo ofensivo e objetivo.
“Na minha opinião, como temos quatro anos para a Copa, eu já tive pensamentos distintos se um estrangeiro poderia trabalhar na seleção. Hoje, até poderia entender uma decisão dessa, mas continuo acreditando que o brasileiro ainda pode muito ajudar. Nós temos o Fernando Diniz, na minha opinião, é a cara da seleção brasileira“, disse.
“Diniz é de uma inteligência tão grande e vai saber muito melhor do que a gente imagina lidar com isso (pouco tempo para treinar). O que ele faz hoje é porque tem tempo, tem o grupo na mão, é diferente de uma seleção. Mas se derem a oportunidade, tenho certeza absoluta que vai fazer o que for melhor em esquema, vamos ter uma seleção muito melhor taticamente e muito mais objetiva do que a gente teve nos últimos anos“, completou.
Caso um gringo fosse contratado, Romário não teve dúvidas na sua escolha, tendo em vista a preferência por Pep Guardiola. Atualmente no Manchester City, o espanhol chegou a ser especulado, mas a renovação com o clube inglês colocou fim no sonho da possível contratação.
“Eu não sei se ele é melhor (que o Ancelotti). Mas se um estrangeiro fosse escolhido, eu torceria por ele. Para mim, ele tem a cara da seleção brasileira. Seria de grande produtividade para a gente”, relatou.
Romário defende mudança na seleção brasileira
Sobre o ciclo envolvendo a Copa do Mundo de 2026, Romário defendeu uma medida que causaria polêmica. Isso porque o ex-jogador indicou a faixa etária de 25 anos como “teto” para os jogadores convocados. Neste contexto, os nomes mais experientes, como Neymar, só seriam chamados caso estivessem em boas condições físicas.
“A seleção precisa ser feita de maneira diferente dos últimos anos, os resultados mostram que essa forma não tem sido positiva, treinador tinha que convocar jogadores com o máximo 25 anos. E perto da Copa do Mundo, os mais velhos, como o Neymar, se estiverem em condição física e ajudarem o grupo, poderiam ser convocado.“, opinou.