Os desdobramentos das investigações que apuram manipulações de situações de jogo no futebol via apostas esportivas têm ocupado desde o início da semana a maior parte do noticiário esportivo. Mauro Cezar Pereira lamentou que a discussão esteja perdendo o foco, com algumas pessoas discutindo sobre especulações, algumas delas, segundo ele, até covardes como a envolvendo o volante Gabriel Menino, do Palmeiras, que prometeu queixa-crime contra quem fez insinuações com o seu envolvimento no esquema
Mauro Cezar cobrou soluções às autoridades para evitar as práticas dos crimes e deu duas possíveis sugestões, entre elas a regulamentação das apostas esportivas no Brasil.
“Uma solução para essa questão passa por algumas medidas. A primeira, que está sendo discutida em âmbito federal é a regulamentação das apostas esportivas. Elas existem no mundo inteiro, você não vai acabar com os sites de apostas porque eles não estão no Brasil e as pessoas vão continuar apostando. É a mesma questão de querer acabam com as torcidas organizadas. ndo regulamentação, você pode estabelecer regras e gerar impostos aqui no Brasil e até empregos”, iniciou Mauro Cezar, durante participação no programa Bate Pronto, da Jovem Pan.
A partir da regulamentação, ele sugeriu o estabelecimento de limites para determinadas apostas.
“A segunda medida, nesta regulamentação, você pode estabelecer limites para determinadas apostas. Por exemplo, você só pode apostar, vamos imaginar aqui, R$ 30, R$ 50…porque o cara não vai poder colocar ali uma enorme quantidade de dinheiro. Vai ter que fazer quantas apostas dessas? Você vai ter que abrir milhares de contas. Vai inviabilizando o negócio. Essa poderia ser uma medida dentro da regulamentação. Valores maiores assim: ‘quem ganha: Palmeiras ou Grêmio? Ah o Palmeiras é favorito, aí as odds são menores. Você quer casar R$ 100 mil, case R$ 100 mil. E se der empate? O cara não vai arriscar assim. Ah mas ele pode armar o resultado. Mas arrumar um resultado de jogo não é tão simples. Você tem que armar com todos jogadores”, concluiu.