Leila Pereira ‘recebe’ adega e ventilador de dívida com jornalista, afirma Perrone

Objetos foram utilizados para abater dívida referente à indenização      

A informação foi inicialmente dada por Paulo Cezar Prado, do ‘Blog do Paulinho’, e agora confirmada pela coluna do Perrone.

Sendo assim, os objetos foram utilizados para abater a dívida do jornalista e é referente à indenização que a Justiça determinou que Prado pague a Leila Pereira.

Lembrando, a cobrança diz respeito a uma ação de 2017 e na qual Paulinho foi condenado a indenizar Leila por danos morais em R$ 15 mil – esse ano o valor já passou dos R$ 50 mil.

Dessa maneira, em um post no seu blog, Paulo Cezar, ao citar a Rua Augusta, endereço da Faculdade das Américas, uma das empresas de Leila, disse: “Região, aliás, em que a empresária, a duras penas, teria ganhado seus primeiros trocados”.

Assim, Leila Pereira entendeu que isso significava uma associação com a atividade de profissionais do sexo, que por muito anos tinham o local como um dos principais de São Paulo.

Em um dos trechos da sentença, que foi definida em 2017, o juiz Rodolfo César Milano escreveu sobre a parte do texto que cita a Augusta, e que o jornalista extrapolou seu direito à liberdade de manifestação.

Para o juiz, Paulo Cezar fez uma afirmação desnecessária, sem vínculo com a notícia, e que aparentemente imputa à empresária conduta desabonadora.

A presidente não comenta a decisão

Por fim, o ventilador e a adega foram penhorados em 2020, após pedido na Justiça feito por Leila, o que aconteceu um ano antes de ela ser eleita a presidente do Palmeiras.

Portanto, com a remoção dos objetos, a empresária pode definir o que quer fazer com eles.

A coluna do Perrone procurou a assessoria de imprensa da presidente, mas a resposta foi que ela não comenta decisões judiciais.

Já o autor do ‘Blog do Paulinho’, procurado para comentar sobre o caso, respondeu com uma nota por meio do seu advogado Diogo Flora.

A nota:

“O jornalista Paulo Cezar Prado foi mais uma vez vítima do abuso de um direito. Perseguido pelas pessoas poderosas que denuncia, tem que lidar com dezenas de ações judiciais, muitas das quais não tinha recursos para contratar advogado e acabou sendo condenado à revelia. Recentemente, teve penhorados bens de sua casa para pagar uma condenação injusta a uma das maiores empresárias brasileiras. Nós conseguimos evitar que bens básicos, como geladeira, e instrumentos de trabalho, como monitores e impressora, fossem penhorados. Mas, alguns bens foram perdidos, como um ventilador doméstico. Espero que ele ajude a refrescar a consciência da nova dona. E que o episódio nos faça enfrentar o grande problema da liberdade de imprensa no Brasil, que é a insegurança jurídica de jornalistas e comunicadores independentes.”