Em entrevista ao canal “Wellington Campos FC”, Jorge Salgado, presidente do Vasco associativo, comentou sobre diversos assuntos de interesse do torcedor: eleições, SAF, esportes olímpicos e, principalmente, a transformação de São Januário em uma moderna arena.
Eleições no clube e o processo da SAF
O primeiro tema perguntado foi referente ao ano eleitoral, no qual o mandatário garantiu que ainda não é candidato e vai aguardar para definir se vai disputar a reeleição.
“Se for para responder agora de bate-pronto, digo que não sou candidato, mas é muito cedo para definirmos isso. A eleição é só em novembro e a definição do quadro eleitoral só acontece no meio do ano. Entre julho e agosto vai ter uma definição. A gente vai estudar o quadro eleitoral, vamos ver quais serão os candidatos e de que maneira vamos nos posicionar como situação para a eleição.”
Salgado falou sobre as dificuldades enfrentadas no seu primeiro ano de mandato, detalhando, principalmente, os problemas nas finanças e como os superou.
“Quando assumi, tínhamos cinco meses de salários atrasados, clube na segunda divisão, sem cota de televisão, sem time e endividamento pulando para 850 milhões. A receita caiu. Era um caos, dormia muito pouco. Foi muito duro resolver os problemas, mas aos poucos, com muita resiliência e persistência, montei uma equipe (de trabalho) de primeira qualidade. Acho que conseguimos ter a melhor diretoria do Vasco dos últimos anos.”
Acerca da SAF, o mandatário salientou que a chegada da mesma foi muito boa para o clube. De acordo com ele, o negócio fechado com a 777 Partners foi uma vitória fora das quatro linhas.
“No segundo ano já melhorou com a decisão de fazer a SAF. Preparamos o clube na governança e processos internos para abordar os investidores que tivessem interessados em investir no Vasco. Tivemos sucesso. Consegui transferir R$ 700 milhões de dívidas para a responsabilidade da SAF e uma injeção de capital no mesmo valor. Ainda temos 30% das ações. Marcamos um gol de placa. Você está melhorando a gestão e profissionalizando o futebol, separando da política.”
Esportes olímpicos e reforma de São Januário
O representante da equipe carioca fez um apelo para a torcida se tornar sócia proprietária da instituição e, no que se refere aos esportes olímpicos, resumiu a situação.
“O vascaíno deveria ser sócio proprietário porque ele vai contribuir para a melhoria da associação. Estamos, no basquete, disputando os campeonatos nas categorias sub-14, 15 e 16. No segundo semestre, vamos começar a competir no NBB. Estamos competindo em 12, 13 esportes olímpicos, todos autossustentáveis. Está faltando ainda a gente ter a certidão zerada de pagamento de impostos. Assim que tivermos, vamos capitar recursos para viabilizar times fortes no basquete, no futsal e no voleibol.”
Em relação a um sonho de enorme parte da torcida, a reforma de São Januário, o dirigente atestou que o processo com a prefeitura está em estágio avançado e que o orçamento das obras vai ficar entre R$ 450 e 500 milhões.
“Estamos construindo uma relação muito boa com o prefeito Eduardo Paes desde o início do nosso mandato. Nosso sonho é realizar a reforma de São Januário. No encontro que tivemos, uma das pautas era a reforma. Nela também participou o pessoal da SAF e o assunto está cada vez avançando mais. Estamos num estágio bastante avançado sem trazer endividamento para o clube, que é o mais importante. O orçamento dela (obra) hoje fica entre R$ 450 e 500 milhões.”
