Filha de Pelé relembra primeiro encontro com o Rei: “Eu tremia, ele tremia”
Filha de Pelé relembra relação com ex-jogador falecido em dezembro de 2022
Imagine você crescer com uma configuração de família e, de repente, tudo mudar?
Filha de Pelé, Flávia Kurtz, relembra quando conheceu o Rei, na década de 90, aos 17 anos.
“Ele tremia, eu tremia, e começamos a conversar. Ele tinha uma gravação na USP, me levou junto e chegou falando: ‘É minha filha, é minha filha’, relembra ela à ESPN.
A partir daí, começou uma relação que durou até a morte do ídolo do Santos, em 28 de dezembro de 2022.
” Meu pai morreu comigo, né? Dos filhos, eu era a única filha que estava com ele (naquele momento), e ele foi embora segurando minha mão”, se emociona na mesma entrevista.
Ainda de acordo com Flávia, o que debilitou, ainda mais, Pelé foi a situação dos rins.
“Quando a gente teve a notícia que não teria mais jeito, porque ele teve uma infecção generalizada que atingiu o rim. Ele só tinha um rim, e foi esse o grande problema. Era um corpo com câncer, debilitado e que não teve forças para lutar contra aquele invasor. Dia 23 (de dezembro) os médicos falaram que não tinha mais jeito.”, explica a fisioterapeuta.
Filha relembra que “nunca cresceu sem um pai”
Flávia tem como sua mãe, a jornalista gaúcha Lenita Kurtz, que teve um caso com Pelé no inicio dos anos 70. Mesmo só conhecendo seu verdadeiro pai, anos mais tarde, ela nunca sentiu falta de um afeto paterno.
“Como eu tive um padrasto, eu não cresci sentindo a falta de um pai. Eu pude construir essa relação (amorosa com Pelé]. Quando eu o conheci eu estava em Porto Alegre. Eu construí essa relação melhor quando vim morar em São Paulo, em 2000. Nesses 23 anos passei a conviver diariamente com ele”, finaliza.
Pelé: morte
O tricampeão mundial veio a falecer no último dia 29 de dezembro, em decorrência de um câncer de cólon aos 82 anos.