Felipe Melo deixa recado sobre Gabigol e nega ódio pelo Flamengo: “Tirei da segunda divisão”
Zagueiro do Fluminense recordou partida histórica em que foi herói pelo Rubro-Negro
Antes de brilhar na Europa e jogar na seleção brasileira, Felipe Melo teve um dia de protagonista no Flamengo. Em 2001, ele foi acionado por Carlos Alberto Torres para entrar no duelo contra o Internacional. Na época, o time carioca estava ameaçado de rebaixamento e o jovem de 18 anos saiu como herói ao marcar o único gol do jogo, lance que ajudou na luta para evitar a queda no Campeonato Brasileiro e ficou marcado na memória.
Neste contexto, Felipe Melo negou que tenha ódio do Flamengo. Como o clube forneceu a possibilidade da entrada no futebol, o defensor do Fluminense explicou que sua postura enérgica em campo sinaliza seu respeito pela equipe em que estreou na equipe profissional.
“As pessoas têm pouca gratidão dentro do futebol. Eu fiquei mais de 10 anos no Flamengo, tenho uma gratidão imensa pelo Flamengo. As pessoas ficam: ‘Esse cara tem muita raiva do Flamengo’. Eu não tenho. O maior respeito que eu posso demonstrar ao Flamengo e qualquer clube que eu estiver, hoje no Fluminense, é entrar dentro de campo e dar minha vida. Como foi no Palmeiras, Racing Santander, Juventus, Almería… sempre dei minha vida dentro de campo pelo clube.”, disse Felipe Melo ao Flow Sport Club.
“Tenho uma gratidão enorme pelo Flamengo. Foi o clube que me abriu a porta (no futebol). Com 18 anos, eu tirei o Flamengo da segunda divisão. Aquele jogo em Juiz de Fora, se empata, cai para a Série B. Entro em campo e faço o gol que tira o Flamengo da Série B. É um dos meus maiores troféus que tenho na minha vida. E hoje os caras ficam me xingando. Essa gratidão não é recíproca.”, completou.
Felipe Melo teve relação próxima com Gabigol
Na sequência, Felipe Melo recordou que teve Gabigol como companheiro na Inter de Milão e acolheu o atacante. Ainda que os dois tenham se estranhado em campo, o ex-jogador do Palmeiras deixou claro que não vê desrespeito no estilo do camisa 10 do Flamengo, tendo em vista o comportamento que mantém a essência do “futebol raiz”.
“Eu entendi o que ele passava. Abracei ele, ia na minha casa… o Gabriel, dentro de campo, chegar para a torcida faz parte do futebol, assim quando o Fluminense faz o gol e o Cano faz o L, ou alguém faz uma dança… isso não fere ninguém. Esse negócio do goleiro não poder chegar pro cara e dizer que vai pegar o pênalti, não pode tirar a camisa, não pode mandar a torcida calar a boca… os caras ficam xingando, xingando e xingando. Se você faz o gol e manda o cara calar a boca, toma cartão amarelo. O futebol raiz está acabando, assim como muitos torcedores raízes estão acabando. Você vê os caras tudo com telefone celular.”, exclamou.