Brasil fecha delegação para mundial de natação paralímpica
Brasil fecha 21 nomes que poderão estar em Manchester entre julho e agosto
Sendo um dos principais “carros chefes” de medalhas no mundo do esporte paralímpico, Brasil fecha 21 nadadores que estarão no mundial de Manchester. A competição está prevista para acontecer entre 31 de julho e 6 de agosto, desse ano.
A última oportunidade para uma vaga na delegação foi o Circuito Loterias Caixa, que se encerrou no último domingo, 21 de maio, no CT Paralímpico. 242 atletas de 13 estados e do Distrito Federal caíram na água.
Os atletas que participarão da competição deverão ser anunciados oficialmente até o final deste mês de maio. Neste domingo, a campeã mundial Susana Schnarndorf da classe S3 (comprometimentos físico-motores severos) conquistou o índice para a disputa em Manchester ao nadar os 100m livre em 2min01s12. Ela precisava de 2min07s69.
“Estou muito feliz. Essa prova tinha muita importância para mim. Queria dedicar essa prova para todo mundo que torceu por mim, para meus filhos e para minha mãe que está torcendo por mim lá de cima”, disse a nadadora, representante do time Esporte+. Caso a convocação de Susana para Manchester se confirme, será sua quarta participação em mundiais.
Brasil fecha classificados com Susana e mais 20; confira
Carol Santiago (S12)
100m borboleta
Tempo no Open: 1min06s15
Índice para o Mundial: 1min07s00
Cecília Araújo (S8)
100m borboleta
Tempo no Open: 1min18s65
Índice para o Mundial: 1min20s18
Douglas Matera (S12)
100m borboleta
Tempo no Open: 58s93
Índice para o Mundial: 59s01
Gabriel Araújo (S2)
50m costas
Tempo no Open: 55s53
Índice para o Mundial: 1min00s51
Gabriel Bandeira (S14)
100m borboleta
Tempo no Open: 56s26
Índice para o Mundial: 57s16
Samuel Oliveira (S5)
50m borboleta
Tempo no Open: 32s29
Índice para o Mundial: 35s06
Talisson Glock (S6)
400m livre
Tempo no Open: 5min05s76
Índice para o Mundial: 5min11s94
Laila Suzigan (S6)
400m livre
Tempo no Open: 5min28s33
Índice para o Mundial: 5min28s88
Phelipe Rodrigues (S10)
50m livre
Tempo no Open: 23s98
Índice para o Mundial: 24s48
Mariana Gesteira (S9)
50m livre
Tempo no Open: 28s82
Índice para o Mundial: 29s10
Patrícia Pereira (S3)
50m peito
Tempo no Open: 59s00
Índice para o Mundial: 1min01s60
Débora Carneiro (S14)
100m peito
Tempo no Open: 1min16s44
Índice para o Mundial: 1min17s84
Beatriz Carneiro (S14)
100m peito
Tempo no Open: 1min17s55
Índice para o Mundial: 1min17s84
João Pedro Brutos (S14)
100m peito
Tempo no Open: 1min05s65
Índice para o Mundial: 1min06s06
Ruan Souza (S9)
100m peito
Tempo no Open: 1min10s14
Índice para o Mundial: 1min10s99
Esthefany Rodrigues (S5)
200m medley
Tempo no Open: 3min44s90
Índice para o Mundial: 3min46s95
Daniel Mendes (S6)
100m livre
Tempo no Open: 1min06s01
Índice para o Mundial: 1min06s10
Edênia Garcia (S3)
200m livre
Tempo no Open: 4min42s98
Índice para o Mundial: 4min58s08
Maiara Barreto (S3)
200m livre
Tempo no Open: 4min27s12
Índice para o Mundial: 4min58s08
Bruno Becker (S2)
200m livre
Tempo no Open: 4min32s47
Índice para o Mundial: 4min38s40
Além de vagas, recordes
O Circuito Loterias Caixa também marcou a quebra de dois recordes das Américas. No domingo, a mineira Ana Karolina Soares de Oliveira, 23, da classe S14 (deficiência intelectual), bateu o recorde continental nos 100m livre, com o tempo de 1min00s26. A marca anterior já era dela, que, em março do ano passado, havia nadado para 1min00s85, também no Centro de Treinamento Paralímpico.
“A gente vem treinando bem forte. Já tinha feito recentemente minha melhor marca durante o Open, mas ainda estava um pouco alto em relação ao que eu posso fazer. Sigo bem próxima dos 59 segundos. Mas bater o recorde das Américas é uma indicação muito forte de que nosso trabalho está sendo bom”, disse Ana, que é do JR-SP.
Outro recorde das Américas foi batido no sábado pela campeã mundial Mariana Gesteira, 27. A fluminense, da equipe ACPD CNRAC, completou os 50m livre em 27s89. A melhor marca anterior para a classe S9 (comprometimentos físico-motores) era da própria Mariana, 27s98 em abril de 2022, também no Centro de Treinamento Paralímpico.
“Foi um tempo muito expressivo. Estou muito feliz, porque tenho a perspectiva de conseguir um resultado ainda melhor. Tive um pequeno erro no começo da prova. Por ter uma limitação no meu equilíbrio, a qualidade da minha saída varia e hoje ainda não foi boa. Fiquei com a sensação que ainda podia ser melhor. Mesmo assim, estou muito feliz”, afirmou a nadadora fluminense, campeã mundial dos 50m e 100m livre em 2022, na Ilha da Madeira, Portugal.
A nadadora nasceu com Síndrome de Arnold-Chiari, uma má-formação do sistema nervoso central que afeta a coordenação e o equilíbrio. Mariana é outra atleta com índice para o Mundial. Ela prevê disputar os 50m livre, 100m livre, 100m costas e o revezamento 4x100m livre e 4x100m medley. A próxima disputa nacional da natação paralímpica será o Campeonato Brasileiro, que acontece de 22 a 24 de junho.