O esporte paralímpico brasileiro viu um recorde de 14 anos cair.
Amapaense, Wanna Brito bate o recorde das Américas com a marca de 6,98 metros. O feito foi estabelecido na classe F32 (atletas com paralisia cerebral) do Circuito Loterias Caixas de Atletismo. A marca anterior pertencia à argentina Marilu Romina Fernandez, que arremessou 5,14m em junho de 2009 em competição realizada em Paris, na França.
O evento aconteceu no último sábado, 6 de maio, no CT Paralímpico em São Paulo.
“Eu estou muito feliz. Estou recuperando minha melhor forma depois de algumas provas que não foram tão boas. O recorde das Américas é uma responsabilidade muito grande. Mas eu quero mais. Quero sonhar alto e conseguir sempre mais. Vou me esforçar para isso”, comemorou a atleta de 26 anos.
Amapaense se dividia entre competições e trabalho e briga pelo Mundial
Até o ano passado, a arremessadora da equipe FPA-AP de seu Estado natal, dividia seu tempo entre o esporte e o trabalho como assistente administrativa. Ela atribui seu ganho de performance em 2023 à decisão de se dedicar exclusivamente aos treinos.
No caso de Brito, seria preciso alcançar a marca de 7,31m no arremesso de peso para atingir o índice A e garantir a vaga no Mundial. A obtenção do índice, porém, não é o único caminho para se conseguir uma convocação para o Mundial na França. Farão parte da delegação brasileira de atletismo os medalhistas de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 (e que estiverem aptos fisicamente no período da competição), além dos atletas obtiverem o índice A.
Ela é atualmente a 1ª no ranking mundial do arremesso de peso e 2ª no arremesso de club em sua categoria. A convocação será anunciada pelo CPB nas próximas semanas.