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Vasco suporta pressão do Atlético-MG e dá a esperança de que dias melhores podem estar por vir

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa as escolhas de Maurício Barbieri e Eduardo Coudet no jogo deste sábado (15)

Por Luiz Ferreira em 16/04/2023 11:57 - Atualizado há 7 meses

Vasco suporta pressão do Atlético-MG e dá a esperança de que dias melhores podem estar por vir
Daniel Ramalho / Vasco

Antes de mais nada, é preciso deixar bem claro que a vitória do Vasco sobre o Atlético-MG no Mineirão é o tipo de resultado que deve sim ser bastante celebrado. Não somente pela forma como o time de Maurício Barbieri construiu o resultado no primeiro tempo e suportou a pressão no final da partida, mas por mostrar ao torcedor vascaíno que o futuro pode ser muito melhor do que o passado recente. Não deixa de ser também uma espécie de “cartão de visitas” para as demais equipes do Brasileirão da Série A. Léo Jardim, Gabriel Pec e Robson Bambu foram verdadeiros gigantes em campo, mas a grande notícia é a forma como o Vasco se comportou num cenário completamente desfavorável.

É óbvio que ainda é muito cedo para se tirar conclusões mais precisas. Mesmo assim, o início de Brasileirão do Trem Bala da Colina foi bastante animador. Principalmente pela forma como chegou aos dois gols antes mesmo dos dez minutos do primeiro tempo. Maurício Barbieri foi bastante feliz ao apostar no seu 4-3-3 costumeiro, na postura agressiva logo no começo de partida e na exploração dos pontos fracos do seu forte adversário. E eles estavam nos lados do campo, onde Saravia e Rubens encontravam muitas dificuldades para conter o veloz ataque vascaíno.

É verdade que os gols de Andrey Santos e Gabriel Pec nasceram de jogadas de bola parada, mas o ponto aqui é entender como o Vasco conseguiu furar o bloqueio defensivo do Atlético-MG e controlar as ações ainda que por algum tempo. Lucas Piton e Alex Teixeira formavam boa dupla pela esquerda e aproveitaram bem as deficiências de Saravia na marcação. Com isso, Pedro Raul “fixava” Maurício Lemos e Jemerson para Gabriel Pec aparecer às costas de Rubens. Além disso, Andrey Santos e Jair eram presenças constantes em cada trama ofensiva do Trem Bala da Colina.

Lucas Piton se livra de Hyoran e vê Pedro Raul fixando os zagueiros e Gabriel Pec aparecendo às costas de Rubens. O Vasco teve um bom início de jogo. Foto: Reprodução / SPORTV

O Atlético-MG foi retomando o controle da partida aos poucos. Mesmo assim, Gabriel Pec e Andrey Santos desperdiçaram boas chances na frente de Everson sempre aproveitando os espaços que o meio-campo adversário deixava. Por outro lado, precisamos dizer que o time de Eduardo Coudet fez mais uma partida burocrática. Foram poucas as vezes em que Pavón, Paulinho e Hyoran se aproximaram uns dos outros para trocar passes. Ao mesmo tempo, Hulk encontrava dificuldades para vencer a marcação implacável de Léo Pelé. E quando o Galo conseguia furar o 4-1-4-1 montado por Maurício Barbieri, o goleiro Léo Jardim chamou para si a responsabilidade. Foram pelo menos cinco grandes defesas no jogo.

Paulinho e Pavón fixam os zagueiros e Saravia tabela com Hyoran na entrada da área. Apesar das chances criadas, o Atlético-MG não fez uma boa partida. Foto: Reprodução / SPORTV

A expulsão de Maurício Barbieri (por reclamação) fez com que o Galo voltasse para o jogo e diminuísse o placar com Maurício Lemos. No entanto, o que se viu no segundo tempo foi uma equipe que só conseguia levar perigo na base do “abafa” e das bolas levantadas na área. As entradas de Patrick, Edenílson, Pedrinho, Isaac e Mariano deram mais força ao escrete de Eduardo Coudet, mas o Vasco se defendia como podia no Mineirão. Sempre no 4-1-4-1 e com saída rápida pelos lados buscando as costas da última linha. Já com Galarza, Marlon Gomes, Figueiredo, Barros e Paulo Victor em campo, o Vasco conseguiu suportar a “blitz” atleticana e viu Léo Jardim se transformar no herói do jogo.

O Vasco conseguiu suportar bem a pressão do Atlético-MG e viu seu adversário apelar para o “abafa” e para as bolas levantadas na área nos minutos finais. Foto: Reprodução / SPORTV

É verdade que a estratégia de abrir mão do ataque e povoar a entrada da área foi muito arriscada. Ainda mais diante da qualidade do forte adversário deste sábado (15) no Mineirão. Tanto que o Vasco não conseguiu finalizar a gol na segunda etapa. Por outro lado, a boa atuação do sistema defensivo também serviu para escancarar alguns problemas do Atlético-MG na atual temporada. Não é de hoje que o time depende do futebol de Hulk e que encontra sérias dificuldades contra equipes mais fechadas. Eduardo Coudet defendeu seus jogadores dizendo que a equipe atleticana fez seu melhor jogo na temporada. No entanto, essa “boa atuação” não foi suficiente para superar o Vasco dentro de seus domínios.

Estamos apenas na primeira rodada do Brasileirão e muita coisa vai acontecer nessas 38 rodadas. Enquanto o escrete comandado por Maurício Barbieri mostrou poder de fogo e condições de competir em alto nível contra adversários (em tese) mais qualificados, o Atlético-MG já sabe que vai precisar melhorar muito se quiser conquistar os tão sonhados títulos nesse ano. Ao Vasco também fica a sensação de que os dias futuros podem ser muito mais felizes e muito menos sofridos do que os do passado. O time correu riscos, mas conseguiu se segurar e trazer três pontos.

https://www.youtube.com/watch?v=MGYaw8NIsA8
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