Um dos maiores clubes do futebol argentino pode ver-se numa situação irreversível de falência. O Independiente, maior campeão da Libertadores, convive com crise dentro e fora de campo, numa situação que lembra o vivido por seu grande rival, o Racing.
A equipe de Avellaneda convive com uma situação interna bastante complicada. O Rey de Copas’ segundo relata a Placar, teve momento de tensão nos últimos dias com o anúncio da renúncia de seu presidente, Fabián Domán. O dirigente, que estava no cargo havia apenas seis meses, decidiu por deixar o comando do clube por conta das dívidas, que chegariam a cerca de US$ 25 milhões (R$ 123 milhões de reais).
Numa carta divulgada aos torcedores, Domán afirma que o Independiente vive ‘os piores tempos de sua história’ e uma ‘crise econômica, esportiva e judicial sem precedentes’. O agora ex-presidente do clube alega que os problemas enfrentados internamente tem sido ‘impossíveis’ de se encontrar uma solução, citando que os prejuízos financeiros tem ultrapassado os ganhos dentro e fora de campo.
Além da crise financeira, dentro de campo, o Rey de Copas não vai nada bem. A equipe sete vezes campeã da Libertadores não vence há dez jogos no Campeonato Argentino e somente uma vez triunfou (diante do Talleres, na estreia). O Rojo soma nove pontos em 11 partidas e está na 25ª posição da primeira fase da competição, apenas à frente de Atlético Tucumán, Arsenal de Sarandí e Unión de Santa Fé.
E neste final de semana, terá o clássico com o Racing, cujo resultado pode agravar ainda mais a crise. Crise esta que causou a troca de comando técnico, com a saída de Leonardo Stilitano, que foi substituído por Ricardo Zielisnky,
✍️ Firma en el Estadio y directo a entrenar
El flamante DT selló su contrato hasta junio de 2024 y ya se encuentra dirigiendo su primera práctica en #Independiente.#TodoRojo 🔴 pic.twitter.com/A1i6Gpr6tS
— C. A. Independiente (@Independiente) April 14, 2023
Como o Racing?
A situação vivida pelo Independiente lembra justamente a vivida por seu grande rival no passado. No fim da década de 1990, o Racing conviveu com a crise financeira e até chegou a ter sua falência decretada, por conta de diversas dívidas que, à época chegavam a US$ 30 milhões. No entanto, o esforço de sua torcida fez com que La Academia se recuperasse e se salvasse de fechar as portas.
Por conta disso, o governo argentino criou uma lei que levou o nome do rival do Rey de Copas, na qual permite que clubes de futebol continuem a existir e não possam fechar por conta de falência, ainda que tenham que penhorar receitas e propriedades para quitar seus débitos. Uma regra que poderia até ser usada pelo Rojo, se houver necessidade.