Vôlei: Tifanny Abreu questiona proibição de atletas trans no atletismo
Federação Mundial de Atletismo proibiu a participação de transgêneros femininos no esporte
A primeira atleta trans do vôlei brasileiro, Tifanny Abreu, do Osasco, criticou a postura da Worlds Athletics, que proibiu a participação de mulheres transgênero em competições oficiais de atletismo. Para a oposta, em live no instagram, a postura exclui uma classe de mulheres no esporte.
“Isso se chama exclusão de mulheres. O homem pode tudo. Estão nos impedindo de termos nosso direito, nosso espaço. Eu repudio essa nova regra da federação de atletismo. Espero que vocês revejam toda essa regra. Vamos estar lutando sempre”, repudiou.
A jogadora ainda apontou um suposto machismo na decisão da entidade. Segundo Tifanny, não há exclusão de homens transgênero em competições masculinas.
“O machismo é muito grande. A mulher não pode ser presidente, não pode ser uma CEO. Um homem trans pode vencer um homem sis, mas a mulher não pode. A palavra transfobia significa medo. Medo do que você não conhece. Muito triste para mim por saber que minhas manas do atletismo não estão de fora”, finalizou.
De acordo com a Federação de Atletismo, em decisão tomada nesta semana, mulheres transexuais que passaram pela puberdade masculina não poderão disputar etapas válidas pelo ranking mundial. Neste momento, não existem atletas trans disputando provas oficiais femininas.