Após o Ministério Público concordar em transferir a pena de Robinho recebida na Itália para o Brasil, o ex-atleta teria “sumido” dos locais que costuma frequentar no litoral paulista. Após a repercussão, ele decidiu se manifestar através de uma nota enviada à reportagem do UOL.
Nela, Robinho alega estar com a família, em Santos, e inteiramente à disposição da Justiça caso seja necessário.
“O jogador está dedicado à sua família e se encontra todos os dias em sua casa, em Santos. Cabe esclarecer que ele não reside em São Vicente há mais de 20 anos. O jogador está permanentemente à disposição da Justiça, como sempre está à disposição”, diz Robinho, em nota.
Recentemente, o UOL publicou que Robinho deixou de realizar atividades que costumava fazer na cidade, como assistir aos jogos da Portuguesa Santista, jogar futvôlei no Canal 3 e levar seu filho aos treinos do Santos na Vila Belmiro.
Segundo pessoas que têm contato com o jogador, ele ficou em alerta com a repercussão recente de seu caso, especialmente após o Ministério Público Federal concordar em transferir sua pena de prisão ao Brasil. A família, por sua vez, tenta manter a rotina normal.
Há algumas semanas, o governo italiano solicitou ao Ministério da Justiça a transferência de execução da pena para o Brasil, como previsto em tratado entre os dois países. O pedido foi encaminhado ao STJ, que vai decidir se homologa a senteça para que ele possa cumprir a pena em território brasileiro.
Hoje, Robinho indicou primos de Geraldo Alckmin para defendê-lo no STJ. José Eduardo Alckmin, ex-ministro do TSE, e João Paulo Chaves de Alckmin serão responsáveis pela sua defesa.
Relembre o caso Robinho
Em 2013, quando era jogador do Milan, Robinho estuprou uma jovem albanesa com o amigo Ricardo Falco e mais quatro pessoas que não foram encontradas pela Justiça italiana. No ano passado, o caso foi julgado na última instância e os dois foram condenados a nove anos de prisão.
Inicialmente, a Justiça italiana pediu a extradição de Robinho e Ricardo Falco, mas a legislação brasileira não permite este tipo de procedimento para brasileiros natos. Flávio Dino, ministro da Justiça, sinalizou que o ex-jogador poderia cumprir a pena determinada pelos italianos no Brasil.
No dia 27 de fevereiro, a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, ordenou que Robinho seja citado no processo e intimou a Procuradoria-Geral da República a indicar seus endereços.