Home Futebol Paysandu: Márcio Fernandes credita derrota à parte física e cita falta de entrosamento

Paysandu: Márcio Fernandes credita derrota à parte física e cita falta de entrosamento

Treinador do Papão avaliou que o time tem condições de reverter a derrota contra o Remo e falou sobre o recuo do time na etapa final

Octávio Almeida Jr
Jornalista graduado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), 29 anos. Repórter de campo pela Rádio Unama FM em duas finais de Campeonato Paraense (anos 2016 e 2017). Repórter no site Torcedores.com desde 2018.

A derrota bicolor, neste domingo (26), por 1 a 0 contra o Remo não se explica somente por questões técnicas e táticas, mas também físicas. É o que avalia o treinador do Paysandu, Márcio Fernandes.

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Em entrevista coletiva realizada no Estádio Olímpico do Pará, o profissional destacou que o time alviceleste teve um dia a menos de descanso em relação ao oponente azulino.

“O nosso repouso foi menor que o do Remo. Eles jogaram na quarta e nós jogamos na quinta. Isso faz diferença? Faz muita diferença para um jogo de domingo”, iniciou.

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 “Quando se perde, tudo o que você fala soa como desculpa, mas não é. Quem está no meio do futebol, sabe que isso faz diferença”, reforçou.

Márcio Fernandes também observou que o Paysandu acumula um ou dois desfalques a cada partida, tanto por questões médicas como também expulsões.

No jogo deste fim de semana, por exemplo, João Vieira, Gabriel Davis e Genílson foram advertidos com cartão vermelho.

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Nesse sentido, eles estão fora do confronto que vai decidir quem será o finalista da Copa Verde entre a dupla Re-Pa.

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De acordo com o técnico, o time bicolor não está entrosado. “A gente precisa melhorar em algumas coisas. Às vezes, a gente tem pouco preenchimento na área”, reconheceu.

“Um ou dois jogadores e você tem que acertar a bola, naquele lugar, pra fazer o gol. Se você tem um preenchimento maior, às vezes o cara vai cruzar no primeiro pau, chutou mal, pegou no segundo e está lá um jogador pra fazer o gol”, explicou Márcio Fernandes.

“Então, isso a gente vai detectando, passando, treinando, fazendo com que eles (os jogadores) entendam isso. Mas não é da noite pro dia que acontece”, alertou.

Márcio Fernandes continuou a desabafar sobre a lista de desfalques. “A coisa estava começando a engrenar. Nós tivemos cinco vitórias seguidas e perdemos dez jogadores. Aí você volta à estaca zero. Se perde tudo”, lamentou.

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“E quando você começa a fazer esse time (engrenar), perde um ou dois jogadores em cada jogo. Mas estamos aí, buscando sempre solução e trabalhando pro melhor do Paysandu”, continuou.

Márcio Fernandes explica gol do Remo

O único gol da partida ocorreu aos 26 minutos do primeiro tempo. Muriqui aproveitou contra-ataque e finalizou sem chances para o goleiro Thiago Coelho.

“Nós estávamos melhores no jogo. Levamos o gol num contra-ataque, coisa que a gente já tinha trabalhado e alertado. Não posicionamos do jeito que a gente tinha treinado”, declarou Márcio Fernandes, antes de elogiar o jogador azulino Pablo Roberto.

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“É um jogador muito rápido. É um jogador que, se tiver espaço pra correr, com a técnica que ele tem, conseguiu fazer a diferença”, definiu.

Segundo o treinador, o time do Paysandu sentiu, emocionalmente, o gol sofrido.

“Depois que levamos o gol, nos perdemos um pouco. Começamos a errar passes que, normalmente, não se erram. E isso proporcionou ao Remo uma condição melhor”, analisou.

Treinador explica recuo do Paysandu e vê disputa em aberto

Conforme já destacado, o Papão teve três expulsões. O time bicolor recuou ao ficar com apenas oito jogadores em campo.

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“Não foi a meu pedido, mas dos jogadores dentro do campo. Eles sentem isso. Nós ficamos com três jogadores expulsos e sem força pra atacar”, explicou Márcio Fernandes, antes de dizer que a disputa pela vaga na final da Copa Verde está indefinida.

“E ali, no momento, a gente tem que ser equilibrado e pensar. 1 a 0. O jogo está aberto ainda. Mas se a gente leva dois ou três, fica difícil”, admitiu.

Márcio Fernandes também lembrou a final do Campeonato Paraense 2022, quando o Paysandu foi derrotado, pelo próprio Remo, por 3 a 0 no jogo de ida.

“Mas eram outras circunstâncias. Eu mesmo falei pros jogadores: ‘calma, nós temos condições de reverter’. E revertemos em 39 minutos”, comparou.

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“Se a gente perde jogadores importantes e leva dois ou três (gols), praticamente já tinha sido decidido. Ainda não. Temos chances e temos que lutar”, opinou.

Mário Sérgio

O principal goleador do time alviceleste também foi tema na conferência de imprensa pós-jogo.

O atacante já marcou oito vezes na atual temporada e decidiu partidas. No entanto, está sem balançar as redes há três jogos.

“A gente não teve a chance de fazer um revezamento. Se analisar bem, ele jogou 90 minutos de quase todos os jogos”, justificou Márcio Fernandes.

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“Perdemos dez jogadores machucados. É muito difícil ter reposição pra fazer com que os jogadores possam sair, ter um descanso melhor para, no próximo jogo, estarem numa melhor condição. Não quero justificar nada, mas temos que olhar algumas coisas”, finalizou o técnico do Paysandu.

Leia, a seguir, mais assuntos da entrevista pós-jogo do técnico do Paysandu, Márcio Fernandes:

Sete expulsões na temporada– “É difícil mensurar a expulsão. Como vou saber quando o cara está passando dos limites mentalmente? É difícil. Teve algumas expulsões que foram em jogadas”.

“Nessa parte dos jogadores de reclamação, a gente tem falado. Nossa diretoria é atuante. A gente tem conversado bastante e cobrado dos nossos jogadores. A gente tem que, realmente, melhorar nesse ponto”.

Os jogadores estão antecipando a volta após lesões? – “Nosso departamento médico é muito bom. Só que perdemos muitos jogadores. Não foi culpa do departamento médico”.

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Retorno do João Vieira “O João Vieira é um jogador que faz muita fala a qualquer equipe. Ele tem coragem, trabalha bem a bola, sabe posicionar”.

“Quando você tem um jogador como esse que mostra possibilidade de participar de um clássico, você tem que admitir que ele possa jogar”.

“Ele fez todos os trabalhos e não sentiu. Fisicamente não estava no ideal, mas tecnicamente ele se supera”.

Better Collective