Antes de virar um dos principais narradores do Brasil, Nivaldo Prieto trabalhou na Globo, mas como voz em chamadas de novelas. Dessa forma, no momento em que se consolidou na carreira de locutor, ele recebeu um convite para retornar, mas acabou descartado uma volta envolvendo sua antiga casa. Ainda que o projeto tenha envolvido a Copa do Mundo de 1998, em que trabalharia com Galvão Bueno e Cleber Machado, o comunicador optou em assinar com a Band.
Em entrevista ao podcast “Tomando uma Com”, Nivaldo Prieto justificou sua decisão. Mesmo com todo o prestígio que teria na Globo, além de um salário maior, o cenário da Band, que tinha o status de “canal do esporte”, acabou pesando na escolha.
“Quando estava saindo do SBT para fechar com a Bandeirantes, recebi uma proposta da Globo. Estavam precisando de um narrador para a Copa da França, em 1998. Isso foi em 1997. Eu tinha um pré-contrato com a Bandeirantes. A Globo iria cobrir (o lado financeiro). Galvão, Cleber e eu, já fechado. Pensei e fechei com a Bandeirantes. Eu já tinha passado pela Globo alguns anos e a Bandeirantes, naquela época, era o canal do esporte. Tinham muitos eventos, não era só futebol. Tinha vôlei, basquete, automobilismo… e tinha o Show do Esporte no domingo. O Luciano do Valle me ligou e disse: ‘Vem pra cá’.”, disse.
Decisão de recusar a Globo não trouxe arrependimento
Na sequência, Nivaldo Prieto, atualmente na Paramount+, negou que tenha se arrependido da decisão profissional. Isso porque a passagem na Band foi vista como um dos pontos altos da sua carreira, além da possibilidade de trabalhar com grandes profissionais.
“Não (me arrependo). Não dá para se arrepender daquilo que você não sabe o que teria acontecido. Construí uma carreira legal, que me satisfaz. Seria mais famoso na Globo? Sem sombra de dúvida, mas eu não sei se seria feliz com tudo que construí dentro da Band. A Bandeirantes me tornou um narrador versátil, algo que os narradores da Globo não tinham (condição) na época. Eu amo a Bandeirantes. Fiz tudo em todos os horários. Jogos de madrugada, sub-20, sub-17, surgimento do Neymar, Ronaldinho Gaúcho, Denilson… só fiz amizades lá dentro”, apontou.
