Mauro Cezar diz que CBF não desistiu de Ancelotti, mas apoia treinador que pode ser “plano B”

O nome de Carlo Ancelotti é o mais forte para assumir a seleção brasileira e a CBF não desiste do italiano. Segundo o jornalista e comentarista Mauro Cezar Pereira, no Bate Pronto, da Jovem Pan, a entidade vai aguardar a sequência da temporada europeia e vai ‘secar’ o Real Madrid nas competições restantes, já que assim o treinador seria liberado com mais facilidade.

Ainda segundo Mauro Cezar, a CBF também mantém a esperança porque Ancelotti não disse um ‘não’ às investidas iniciais.

“A CBF ainda não desistiu do Carlo Ancelotti porque entende que o Ancelotti não disse um sonoro ‘não’. Ele não falou: ‘CBF, eu não vou’. Não foi assim. Ele manda um sinal que olha, não sei, estou aqui o Real Madrid e tal… Então como só vai jogar em junho a seleção, a CBF vai ‘secar’ o Real Madrid”, disse Mauro Cezar, que concluiu:

“Se o Real Madrid cair diante do Chelsea ou na semifinal (da Chamoions) (…) a chance de queda do Ancelotti aumenta. Há essa possibilidade de ele não continuar, a gente sabe como funciona. A CBF vai esperar enquanto for possível, a não ser que ele não queira mais.”

Um dos planos B da CBF é Jorge Jesus

Ainda em sua fala, porém, Mauro Cezar revelou que Jorge Jesus, que vai sair do Fenerbahçe ao fim da temporada europeia, é sim um dos planos B da CBF, caso Ancelotti não aceite.

Em meio a isso, ele apoiou o nome do português como um dos principais da “segunda prateleira” e criticou quem acha “absurdo” o fato de Jesus estar sendo especulado para comandar o Brasil no ciclo da Copa do Mundo 2026.

“Mas a CBF trabalha com outros nomes e o Jorge Jesus é um desses nomes. Não é o único. Mas eu ouvi comentários de outros colegas, (nem comentei) para não colocar lenha na fogueira… Mas colocaram como absurdo você sair do Ancelocci para o Jorge Jesus. Eu acho um absurdo esse raciocnício tacanho. O Ancelotti é que não é técnico para seleção. A CBF tentou dar uma cartada, o que é legal, mas o risco de tomar um ‘não’ é muito grande e isso arranha a seleção brasileira. É uma cartada pesada e que está na mesa”, disse Mauro, que seguiu.

“O Jorge Jesus não é da primeira prateleira, mas quem disse que técnico de seleção é de primeira prateleira? Os técnicos da elite do futebol treinam os grandes europeus. Então quebrar esse ciclo é difícil. Por que o Guardiola, o Mourinho, que está em declínio, não querem treinar seleções? Não tem outro de primeira prateleira para pegar. Se não for o Ancelotti, vai ser da prateleira debaixo, onde está o Jorge Jesus, que é mais viável.”