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Goleada história sobre o Manchester United resgata o melhor do Liverpool de Jürgen Klopp

Na coluna PAPO TÁTICO, Luiz Ferreira analisa a atuação primorosa dos Reds e a noite péssima do time de Erik ten Hag

Por Luiz Ferreira em 06/03/2023 09:59 - Atualizado há 2 anos

Reprodução / Twitter / Liverpool FC

É verdade que o Liverpool não faz uma grande temporada e sofre muito com a falta de reposição para as saídas de Sadio Mané e Wijnaldum. Ao mesmo tempo, falava-se muito do encaixe de Gakpo e Darwin Núñez no time comandado por Jürgen Klopp e na dificuldade do treinador alemão em encontrar a melhor formação. A goleada histórica sobre o Manchester United neste domingo (5) não deixa de ser uma resposta para todas essas críticas e (principalmente) um resgate do estilo intenso e agressivo que marcou o time dos Reds não tem muito tempo. Essa talvez seja a grande notícia para os Reds nessa reta final de Premier League. A impressão que fica é a de que o Liverpool está recuperando o bom futebol.

É verdade também que o primeiro tempo no Alfield Road começou bastante equilibrado. O Manchester United explorava bem as jogadas pelos lados do campo com Antony e Bernardo Silva e tentava empurrar a zaga do Liverpool para trás com Weghorst e Rashford no 4-2-3-1/4-2-4 costumeiro de Erik ten Hag. Do outro lado do clássico, o Liverpool entrou em campo atuando num 4-3-1-2 que variava para um 4-3-3 sempre que Gakpo vinha pela esquerda. Mesmo assim, o time comandado por Jürgen Klopp sofria com as investidas do seu adversário e com a afobação dos seus atacantes.

O Liverpool criava perigo e encontrava espaços generosos às costas dos laterais Diogo Dalot e Luke Shaw, mas ainda falta capricho na conclusão das jogadas de ataque. As coisas só começaram a mudar a partir do momento em que Robertson começou a jogar um pouco mais por dentro, quase como um meia de criação. Com isso, os Reds começaram a desmontar a marcação por encaixes elaborada por Erik ten Hag. Fora isso, Bruno Fernandes e (principalmente) Antony falhavam muito na recomposição pelos lados do campo e facilitavam bastante a vida do seu adversário.

Formação inicial das duas equipes. Robertson se transformou em meia de criação por dentro e Gakpo passou a ocupar o lado esquerdo. A marcação do Manchester United foi desmontada.

Com Alexander-Arnold mais preso do que o costume, coube a Robertson ser a válvula de escape do escrete comandado por Jürgen Klopp. Ainda mais diante da falta de ajuda na marcação por parte de Antony. É por isso que o lance do primeiro gol da partida (marcado por Gakpo aos 42 minutos do primeiro tempo) era um indício de que o Liverpool havia encontrado o “mapa da mina”. Robertson aparece por dentro e vê o atacante holandês aparecendo às costas de Diogo Dalot e faz o passe. O brasileiro Fred bem que tenta interceptar o lance, mas acaba vencido pelo belo passe do camisa 26. Na sequência do lance, Gakpo se livra de Varane e toca na saída do goleiro De Gea. Golaço com a marca registrada dos Reds.

Robertson centraliza e Gakpo ocupa o lado esquerdo de ataque. O Liverpool aproveitou bastante os espaços às costas dos laterais do United. Foto: Reprodução / YouTube / ESPN Brasil

Na segunda etapa, o Liverpool simplesmente passeou no Anfield Road utilizando a mesma estratégia dos primeiros 45 minutos. Muita pressão na saída de bola, movimentação em busca do espaço vazio e muita intensidade nas transições. Enquanto isso, o sistema defensivo do Manchester United ia se desintegrando conforme o tempo ia passando. Difícil entender como um time que mostrou tanta qualidade e capacidade de adaptação a contextos desfavoráveis nas partidas contra Barcelona e Newcastle teve uma atuação tão ruim como essa. E os Reds iam se achando na base das trocas de passe e nas ultrapassagens. Seja com Harvey Elliott ou Robertson buscando o trio ofensivo no terço final. Atuação histórica.

A marcação do Manchester United foi facilmente desmontada pelo Liverpool na base das trocas de passe e ocupação de espaços. Atuação de gala. Foto: reprodução / YouTube / ESPN Brasil

Não é exagero afirmar que o Liverpool relembrou alguns dos seus grandes momentos na noite deste domingo (5). Depois de um primeiro tempo mais equilibrado, o escrete comandado por Jürgen Klopp teve calma e tranquilidade para encontrar o caminho certo para furar a marcação do seu adversário. Além disso, Darwin Núñez e Gakpo parecem mais adaptados e mais à vontade no time da terra dos Beatles. A atuação coletiva ainda pode precisar de ajustes aqui e ali, e o sistema defensivo precisa de mais consistência na marcação (principalmente nas bolas aéreas). Mas o resultado obtido diante de um dos maiores rivais é incontestável. Sete gols a zero, futebol de qualidade e vários “apavoros” para cima do goleiro De Gea.

A goleada deste domingo (5) também pode indicar uma “virada de chave” nesse restante de temporada para o Liverpool. Não somente na Premier League (onde o time de Jürgen Klopp ocupa a quinta posição), mas para o jogo decisivo contra o Real Madrid pela Liga dos Campeões. Tirar três gols de vantagem para o maior campeão europeu da história, fora de casa, é tarefa quase impossível. Mesmo assim, as esperanças dos torcedores dos Reds foram renovadas depois do amasso dado em cima do Manchester United. Se não a classificação, mas um final de temporada honroso para o time.

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