Considerado um dos maiores expoentes do automobilismo brasileiro, Ayrton Senna completaria 63 anos nesta terça-feira (21), caso não tivesse sofrido o acidente com a Williams, no Grande Prêmio de Imola em 1994. Anos depois da fatalidade, o ex-engenheiro da equipe, Adrian Newey, confessou que se sente responsável por uma falha do projeto, mas excluiu um sentimento de culpa pela morte do tricampeão.
Ayrton Senna se chocou contra o muro da curva Tamburello, no autódromo Enzo e Dino Ferrari. De acordo com o laudo da autópsia, o brasileiro sofreu ruptura da artéria temporal, politraumatismo na base do crânio e colapso frontal, o que gerou uma hemorragia interna.
Em sua autobiografia, Newey destacou as modificações feitas no carro do brasileiro, o que causou um grande impacto na engenharia do FW16,
“Me sinto culpado não por causa de uma falha na haste da direção e sim por ter estragado a aerodinâmica do carro. Troquei a suspensão que estava ativa para passiva e desenvolvi um um carro instável, no qual Ayrton tentava fazer coisas que o carro não podia fazer. Independente de um pneu furado, ou não. A linha da curva era rápida e instável, o que impossibilitou o controle de Senna. Sempre senti um certo grau de responsabilidade por sua morte, mas não culpa”, finalizou.