Ex-técnico do Flamengo relembra passagem pelo clube e amizade com Sávio, Romário, Edmundo e Apolinho
Arthur Bernardes trabalhou no Flamengo em 1995; ele soma passagens por Athletico-PR, Atlético-MG, Botafogo, Fluminense, entre outros
Divulgação/ Flamengo
Aos 61 anos, Arthur Bernardes é um dos nomes mais conhecidos do futebol brasileiro. Ele coleciona passagens por grandes clubes, como Athletico-PR, Atlético-MG, Botafogo e Fluminense. Mas, é no Flamengo que ele guarda algumas de suas lembranças mais especiais.
Em entrevista ao canal OurSports no YouTube, Arthur Bernardes revelou os bastidores das sua passagem pelo clube carioca, falou sobre sua função no Flamengo e, principalmente, da relação com o radialista Washington Rodrigues, o “Apolinho”.
Passagem pelo Flamengo
Arthur Bernardes foi contratado pelo Flamengo em 1995. Ele foi indicado pelo radialista Washington Rodrigues para comandar o time no do centenário rubro-negro. Ele destacou a importância de a união grupo evitar o rebaixamento do clube no Campeonato Brasileiro.
“O Apolinho me levou para ser técnico do Flamengo. Eu era responsável técnica. Ele era o coordenador técnico para administrar os conflitos dentro do elenco. Edmundo e Romário não se falavam. O Apolinho teve de agir nos bastidores, levou os dois para sua casa e conseguiu a reconciliação. Desse dia em diante, conseguimos ficar com o grupo unido e comprometido com o objetivo de vencer “, revelou.
Relação com Washington Rodrigues
Arthur Bernardes também falou sobre sua relação com Washington Rodrigues, o “Apolinho”, ícone do jornalismo esportivo no Rio de Janeiro. Ele revelou que só aceitou o convite por causa da relação de amizade que tem com o radialista.
“O Apolinho é uma referência no jornalismo esportivo e uma pessoa muito querida no meio do futebol. Sempre tive uma ótima relação com ele e, por isso, somos amigos até hoje. Na época, muita gente da imprensa me criticou por aceitar ficar abaixo dele na comissão técnica por causa da minha formação. Isso, para falar a verdade, nunca me abalou. Só aceitei essa condição porque não podia deixar de atender ao pedido de um amigo”, afirmou.
E o ataque dos sonhos?
Arthur Bernardes também falou sobre sua relação com os astros Sávio, Romário e Edmundo, que formaram o famoso “Ataque dos Sonhos” do Flamengo na década de 90. O técnico destacou explicou que trio não funcionou por causa de problemas extracampo.
“O Flamengo tinha um dos melhores elencos do futebol brasileiro e merecia ter conquistado um título naquele ano. O Romário era o melhor jogador do mundo, Edmundo o indiscutivelmente o melhor em atividade no Brasil e o Sávio a maior revelação do futebol brasileiro. Tudo o que eles faziam virava notícia. Então, o Apolinho e eu tínhamos de contornar as coisas internamente”, disse antes de prosseguir:
“Eles eram muito aplicados nas atividades. Não tínhamos problemas com eles. Nunca contestaram uma ordem da comissão técnica. Porém, eram muito provocados em campo. Os adversários já entravam em campo para desestabilizá-los e isso mudava um pouco a concentração do time. A curiosidade da imprensa, o marketing massivo e coisas extracampo foram fundamentais para tirar um pouco o foco deles dentro de campo”, finalizou.
