Home Futebol Ex-jogador do Cruzeiro lembra situação caótica: “Maioria dos que diziam amar o clube saiu fora”

Ex-jogador do Cruzeiro lembra situação caótica: “Maioria dos que diziam amar o clube saiu fora”

Rômulo relatou que a Raposa esteve muito perto de encerrar as atividades e que funcionários chegaram a ficar seis meses sem receber

Marco Maciel
Marco Maciel é jornalista que atua cobrindo futebol brasileiro, com ênfase para o futebol gaúcho com Internacional e Grêmio e para a mídia esportiva. Graduado em jornalismo pela pela PUC-RS, em 2007, está no Torcedores.com desde 2022; passou pela redação e assessoria de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade); edita o site SAMBARIO, voltado para sambas-enredo, desde 2004; e escreveu para o portal de automobilismo Nas Pistas em 2023 e 2024.

Por muito pouco, Rômulo não defendeu a seleção da Itália na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Afinal, o volante e lateral-direito nascido em Pelotas atuou por vários clubes do país da bota durante uma década e obteve a dupla cidadania. Então, em março de 2021, retornou ao Cruzeiro, onde já havia atuado em 2010 e 2011. Dessa forma, Rômulo viu de perto a difícil situação que o clube enfrentava.

Assim, em entrevista para o jornalista Duda Garbi no quadro Um Assado para…, Rômulo detalhou o drama vivido na Toca da Raposa. Então, aproveitou para alfinetar alguns ex-jogadores do Cabuloso. “Volto da Itália, teve esse convite para colocar o Cruzeiro de volta à Série A. Era um desafio muito grande, que a maioria dos jogadores que diziam que amavam o clube saíram fora, pouquíssimos ficaram”, criticou Rômulo.

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Funcionários do Cruzeiro estavam sem receber há seis meses

Então, o atleta de 35 anos, que deixou o Cruzeiro no ano passado, mencionou os salários mais baixos oferecidos. Além disso, salientou a desorganização e a falta de garantia dos recebimentos. “Funcionários que ganhavam mil reais já não estavam recebendo há seis meses”, relatou.

Nesse sentido, Rômulo informou uma conversa com o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues. Assim, o dirigente garantiu ao jogador que “comida não ia faltar” para os jogadores. “Os patrocinadores tinham abandonado, não tinha mais crédito no mercado porque (era) quase 1 bi de dívida”, disse o lateral. Dessa forma, Rômulo defendeu o mandatário celeste ao considerar que o dirigente foi um guerreiro por “remar sozinho” no comando do clube, antes da chegada de Ronaldo.

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Por fim, Rômulo afirmou que os atletas ajudavam os funcionários do Cruzeiro financeiramente. “Chegava no treino com aquele desânimo, porque os funcionários ali já não tinham nem ânimo para trabalhar”, lamentou o jogador, destacando o constrangimento pelo qual passavam. “Uma situação bem caótica”, concluiu o atleta, que atualmente está sem clube.

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