Nilmar se tornou um atacante tão inesquecível que até hoje é especulado e citado pelos torcedores para retornar ao Internacional. Contudo, o agora ex-jogador de 38 anos encerrou suas atividades no futebol em definitivo. A sua última atuação foi no Santos, em 2017. Contudo, realizou somente duas partidas em agosto daquele ano, contra Coritiba e Cruzeiro, sem marcar gols.
Diante da Raposa em Belo Horizonte, Nilmar realizou sua última partida profissional em 27 de agosto de 2017. Assim, entrou aos 29 do segundo tempo no lugar de Copete, no empate em 1 a 1 no Mineirão. Logo após a partida, o então atacante começou a sentir os sintomas da depressão. Aliás, o ex-jogador de Internacional e Corinthians revelou que, ao assinar com o Santos, não sentia a mesma motivação de antes. “Já não tava sendo prazeiroso mais, tava sendo massacrante“, declarou.
Dessa forma, em entrevista para o podcast Frente a Frente com o General Bolívar, apresentado pelo ex-zagueiro colorado no YouTube, Nilmar deu mais detalhes sobre a doença que sofreu. Assim, contou que sentia dores nos treinos por conta das quatro cirurgias no joelho, além da fisioterapia. Os problemas contribuíram para o desânimo com a carreira.
“Paralisou tudo”, disse Nilmar logo após sua última partida
“Depois do jogo (em BH), no quarto do hotel, paralisou tudo. Me deu uma crise de ansiedade. Aí nao dormi mais. No outro dia falei com o doutor. Aconteceu uma coisa no meio da madrugada. Cheguei em casa, aconteceu de novo“, relatou Nilmar. Então, o na época jogador do Santos passou por exames por dois dias e nada foi constatado, mesmo que sentisse fortes palpitações.
“Me bateu a tristeza. Fiquei três, quatro meses só deitado no sofá chorando. Não via jogo. Não tinha prazer em nada, nem brincar com meus filhos. É uma coisa hormonal, que tira do corpo da pessoa. Não tinha dor no corpo“, revelou. Além disso, Nilmar possuía mais um ano de contrato com o Santos, pois havia assinado até o fim de 2018. “Eu me cobrava em querer voltar, só que eu não conseguia, não tinha força”, lembrou.
Posteriormente, se consultaria com psicólogos e psiquiatras. Aliás, contou da intenção inicial de que a depressão fosse escondida, com a razão do afastamento no Santos ser creditada a uma conjuntivite. Nesse sentido, recebeu o apoio dos colegas com quem trabalhou. “Todo mundo que jogou comigo me ligou, mandou mensagem“, disse.
Por fim, Nilmar acredita que teria controlado a depressão, se não tivesse demorado a procurar ajuda. “Eu fui guardando para mim, porque até então não acreditava, nunca tinha vivido, não conhecia ninguém próximo que tinha passado por isso. Também tinha esse preconceito de achar que era frescura“, admitiu o ex-jogador, que disputou a Copa do Mundo de 2010 pela seleção brasileira.
